Você sabia que o sedentarismo piora a saúde pública e ainda faz com que se gaste mais dinheiro público? Isso é o que demonstrou o estudo “Implicações socioeconômicas da inatividade física: panorama nacional e implicações para políticas públicas” da Universidade Federal Fluminense (UFF). A pesquisa começou em julho de 2019 e tentou entender a matemática por trás do sedentarismo, ajudando a compreender também as consequências da falta de atividade física na população e no Sistema Único de Saúde (SUS).
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A descoberta foi que, ainda em 2019, as DCNTs ( doenças crônicas não transmissíveis como: diabetes, hipertensão, neoplasias, entre outras) ocasionaram um custo de aproximadamente R$ 1,68 bilhão em internações no SUS e, que desse total, quase R$ 300 milhões seriam em virtude da inatividade física da população.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O Brasil apresenta os piores índices de atividades físicas da América Latina, com 47% da população não atingindo os valores mínimos recomendados. E isso afeta não só a essa porcentagem da população como também a todo o sistema de saúde, uma vez que sobrecarrega os atendimentos com doenças crônicas que poderiam ser evitadas sem grandes esforços ou tecnologias: simplesmente com o incentivo à prática de exercícios e hábitos saudáveis.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A pandemia pode ter piorado ainda mais esses números e por isso também aproveito para reforçar não só o meu discurso de sempre da necessidade de se colocar em movimento, mas também a importância de que usemos a pandemia (e seu fim) como força motriz para que assumamos de uma vez por todas o controle sobre nosso corpo, para que cuidemos da nossa saúde e assim estejamos preparados para viver mais e melhor e ao mesmo tempo ajudemos a desonerar os postos de saúde para atender aquelas doenças que não poderiam ser evitadas tão facilmente.