Mais cedo comentei a relação entre a compulsão sexual e o vício em álcool e drogas. Pessoas viciadas em sexo, álcool e drogas não conseguem controlar seus impulsos e tornam-se escravas dos próprios desejos.
Por meio do mindfulness, é possível tratar hábitos repetitivos que degeneram ou causam algum prejuízo ao usuário. O método, que em português significa atenção plena, consiste em promover técnicas e exercícios mentais com foco total no presente.
Os dependentes sexuais, alcoólicos e químicos são estimulados a prestar atenção nos padrões cognitivos e comportamentais que os levam à recaída. Por meio desse método, os indivíduos em tratamento também aprendem a reconhecer suas emoções e impulsos, e a lidar com outros distúrbios, como depressão e ansiedade.
Já falei sobre meditação várias vezes no meu Blog, pois realmente acredito no poder do método para o bem-estar físico e mental do ser humano. Como sempre digo, a grande vantagem da meditação é poder praticá-la em qualquer local ou momento necessário. O ideal é que ela demore o tanto que seu corpo necessita para entrar em um estado de tranquilidade, mas se por vinte minutos você conseguir dar uma “escapada” do ambiente corporativo e relaxar sua mente, já é o suficiente para a sua saúde.
Sem dúvida alguma, a meditação é a maneira mais eficiente de controlar e baixar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, constatou que a pessoa que medita tem as defesas do organismo ampliadas e consegue lidar melhor com o estresse. Isso acontece porque, durante a prática da meditação, a enzima telomerase, que é ligada ao sistema imunológico, tem sua ação intensificada. As taxas da telomerase se mostraram cerca de 30% mais elevadas nas pessoas que meditavam, observadas pelo estudo.
Foram esses pacientes que apresentaram, ainda, um aumento na capacidade psíquica, como melhora na percepção de controle e atenção, além de diminuição da neurose ou de emoções negativas. A meditação pode influenciar tanto na ação cerebral que pode ser visto um aumento da integração e efetividade do cérebro, além de ocorrer uma ampliação das ondas cerebrais relacionadas ao relaxamento.
Tudo isso acontece em nosso sistema nervoso central, mas, durante a prática, há também um menor gasto de oxigênio pelas células do corpo e a redução da frequência cardíaca e da condutância elétrica da pele devido ao relaxamento. O cérebro fica consequentemente mais irrigado, aumentando a coerência e sincronia eletro-encefalográfica. Há ainda o aumento da concentração de dopamina, norepinefrina e serotonina (neurotransmissores), o que explica o aumento da sensação de prazer, motivação e energia após a prática da meditação.
A meditação pode fazer com que as pessoas lidem melhor com suas emoções, pois se torna “consciente” do que se passa em sua mente e desenvolve sua inteligência emocional. Quando sabemos o que desencadeia certa reação e entendemos como vamos externá-la, podemos automaticamente encontrar o melhor método para lidar com nossas emoções. E quem não gostaria de obter mais controle, em certas situações?! Com maior bem-estar, mais relaxamento e com a mente equilibradamente relaxada, tudo à nossa volta melhora. Logo, somos mais capazes de lidar com as situações e manter nossa cabeça limpa de pensamentos tóxicos!
Leia mais: Benefícios da meditação
Referências:
http://casa.abril.com.br/
materia/especialista-explica- como-meditacao-pode-ajudar- viciados