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Lúpus

Compreenda o lúpus - uma doença autoimune em que as células de defesa enxergam as partes sadias do corpo como invasores - antígenos

O lúpus, uma doença autoimune em que as células de defesa enxergam as partes sadias do corpo como invasores – antígenos. As causas do Lúpus ainda não foram totalmente elucidadas, contudo, estudos constataram que predisposição genética interagindo com fatores hormonais, ambientais e infecciosos[1] podem ser considerados desencadeadores. O mecanismo da doença funciona da seguinte forma: os glóbulos brancos, por um erro de mensagens do sistema imune tem sua população aumentada, perdem a capacidade de distinguir corpos estranhos de partes saudáveis do corpo e identificam as sadias do nosso corpo como inimigos _ antígenos. Por conta disso, as atacam a fim de eliminar as “ameaças” a saúde.

O lúpus possui períodos de agravo e remissão dos sintomas que podem ser desencadeados por exposição solar, alterações hormonais, estresse físico e emocional entre outros[1]. Ainda segundo estudo, o Lúpus pode ser desencadeado em qualquer parte do corpo, os sintomas são inúmeros. Em cenários mais desfavoráveis pode comprometer o bom funcionamento do sistema cardiovascular, renal e nervoso, podendo diminuir significantemente a qualidade de vida[2].

Alguns são mais comuns, dentre eles, manchas avermelhadas na pele, alterações de imunidade, dores articulares, inflamações nas membranas protetoras dos órgãos e cansaço[1]. Em alguns casos, estudos comprovam que acompanhamento psicológico pode auxiliar o paciente durante o tratamento, em função de casos onde o paciente protagonizou casos de depressão, ansiedade e psoríase [3]. Existem estudos que mostram uma incidência maior de casos de Lúpus em mulheres do que em homens[4].

Alimentação

A alimentação também é uma ferramenta a ser utilizada em favor do fortalecimento da imunidade de quem tem lúpus e do controle dos sintomas. Alguns alimentos podem promover no organismo um cenário inflamatório, o que pode contribuir para a sintomática da doença encontre terreno fértil para se manifestar[5]. O glúten é um exemplo, por conta de sua disposição a ser inflamatório em alguns organismos. Outro ponto já apresentado em estudos seria que a falta de níveis satisfatórios de vitamina D no organismo poderiam ajudar na manifestação de lúpus em pacientes predispostos[6][7].

A máxima de excluir industrializados, embutidos, refinados e outros produtos da Matrix se aplicam aqui. Portanto, mantenha-se longe do seu cardápio sal, açucares e farinhas refinados; alimentos ricos em corantes, emulsificantes e acidulantes. Uma alimentação saudável aliada ao tratamento correto pode proporcionar ao paciente com Lúpus uma melhor qualidade de vida. Estudos mostram que minerais, principalmente os antioxidantes, e ácidos graxos mono/poliinsaturados, pode promover ação benéfica protetora contra danos tissulares e supressão da atividade inflamatória, além de auxiliar no tratamento dessas comorbidades [5].

Cuidem-se! Invistam em alimentação saudável. Lembrem-se sempre dos quatro pilares: alimentação e intestino saudáveis; atividade física regular; prezar por uma qualidade do sono e sem estresses que possam interferir em nossa vida; e, finalmente, manter sempre o equilíbrio do corpo, mente e espírito.

Leia também:

Introdução
Alimentação e autoimunes
Doença Celíaca
Tireoidite de Hashimoto
Diabetes Tipo 1

Conclusão

Referências

[1] ASSIS, Marcos Renato de; BAAKLINI, César Emile. Lúpus eritematoso sistêmico. Rev Bras Med, p. 274-285, 2009.

[2] Imig, John D., and Michael J. Ryan. “Immune and Inflammatory Role in Renal Disease.” Comprehensive Physiology 3.2 (2013): 957–976. PMC. Web. 12 May 2017.

[3] DE MOURA CAL, Sílvia Fernanda Lima. Revisão da literatura sobre a eficácia da intervenção psicológica no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 27, n. 4, p. 485-490, 2011.

[4] Lima NRLB. Lúpus em mulheres e a construção discursiva da doença: a feminilidade e o adoecer feminino como uma inscrição dos afetos do corpo [tese de doutorado]. Portugal (Por): Universidade do Minho; 2009

[5] KLACK, Karin; BONFA, Eloisa; BORBA NETO, Eduardo Ferreira. Diet and nutritional aspects in systemic lupus erythematosus. Revista brasileira de reumatologia, v. 52, n. 3, p. 395-408, 2012.

[6] TEIXEIRA, Thaisa de Mattos; COSTA, Célia Lopes da. Papel da vitamina D no lúpus eritematoso sistêmico. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 25, n. 4, p. 531-538,  Aug. 2012 .

[7] Bouillon R, Carmeliet G, Verlinden L, van Etten E, Verstuyf A, Luderer HF, et al. Vitamin D and human health: lessons from vitamin D receptor null mice. Endocr Rev. 2008; 29(6):726-76.