Quando queremos muito alcançar algo em nossa vida é natural que nos preparemos para isso. Se for um desafio profissional, por exemplo, buscaremos nos aperfeiçoar para ingressarmos na empreitada. Da mesma forma, quando somos lançados no novo, de maneira inesperada, iremos adequar a rota para que o desempenho ao longo da jornada seja a melhor possível.
Da mesma forma devemos perceber a gestação de uma vida. Muitas mulheres querem e anseiam pelo dia em que estarão grávidas, enquanto há aquelas que embora queiram, podem ser pegas de surpresa e engravidarem antes do previsto. Seja qual for o seu caso – até mesmo se a gravidez está distante de sua realidade hoje (ou se você não pretende conceber) – buscar conhecimento para se preparar ou se adequar à uma nova perspectiva de vida é fundamental.
É sobre isso que eu e a pediatra Natália Almeida Prado, do Núcleo de Pediatria do Instituto Dr. Barakat de Medicina Integrativa, queremos conversar com vocês nesta noite. Como se entregar a esta jornada de corpo, mente e espírito!
Afinal, como preparar o organismo para gerar um bebê? Se você pode e tem este tempo prévio, dedique-se com amor. Esta interação com seu interior é o princípio, a base do elo que será mantido com seu filho. Longe de nós querer pintar um cenário “cor de rosa”, em que tudo serão flores. Não, não!
Costuma-se dizer que quando nasce um bebê, nasce uma mãe. E que bela verdade! Talvez, por isso, a natureza – tão sábia – permita que haja tempo para que tudo se desenvolva gradativamente – filho, mãe, pai…é esta sinergia que permite a vitalidade de todo o processo.
O corpo da mulher passa por mudanças – físicas, psicológicas e hormonais. E, alinhado a isso, a vida lá fora corre solta. Há agendas e compromissos a serem honrados. Tem horas, acreditem, que até a gestante mais esperançosa e amorosa pode sentir vontade de “gritar” para o mundo parar.
Faz parte se permitir ter receios e anseios. É o período de preparação, de “pré-gestação”. Faz parte se permitir sentir. A medida para se alcançar equilíbrio aqui é o amor e a compreensão de que a transformação pela qual você está passando – ou sua companheira – faz parte de algo maior: dar a vida a uma parte de você. Muitos médicos acabam focando apenas no que comer, no que ingerir e se esquecem do principal: a gestão da alma humana. As emoções influem tanto quanto – ou mais – que uma lista de nutrientes que possamos fornecer a vocês.