Um estudo AINDA NÃO PUBLICADO já virou manchete nos jornais. Trata-se de uma pesquisa PRELIMINAR apresentada em evento da American Heart Association (AHA). A mesma sociedade médica que dá selo de qualidade para margarina e óleos vegetais refinados e que o ex-presidente teve um ataque cardíaco. Isso já é o bastante para ficarmos com um pé atrás, principalmente considerando que a big food (indústria alimentícia) quer que você coma o tempo inteiro e, assim, patrocina estudos para enganar a sociedade.
Esse resumo do novo estudo carece de informação! A pesquisa mostra que os participantes não comiam por um período – mas não diz se bebem, fumam, são sedentários ou mesmo o que comem. A metodologia não mostra nenhuma dessas informações e a realidade é que não acompanharam, de fato, pessoas que fazem jejum, mas sim pegaram em um banco de dados o que as pessoas registravam comer em um dia e, com base nisso, estipularam por quantas horas eles se alimentavam. Eles fizeram um jejum não intencional (a ideia não era fazê-lo, mas estar saciado de tanto comer e ficar sem come rpor comodidade ou outras razões), porque jejuar é escolher não comer por uma razão em busca de promoção de saúde.
Não sabemos a qualidade da alimentação e as pré-comorbidades dessas pessoas, os níveis de estresse etc.
E uma coisa muito importante: esse estudo é observacional, só aponta uma relação, não conclui nada, enquanto há dezenas de outros concluindo benefícios no emagrecimento, redução da insulina, reversão do diabetes tipo 2 e controle do tipo 1, que estão bem fundamentados, diferente desse observacional.
O que acredito é que foram analisadas apenas pessoas que não faziam o jejum corretamente (provavelmente jantam kgs de comida e de manhã não sentem fome, fazendo um pequeno jejum mas bebendo álcool, fumando, sendo sedentário e comendo ultraprocessados na janela alimentar). Quem pratica jejum de verdade, que é jejueiro de fato, escolhe essa estratégia para ter saúde juntamente com outros hábitos saudáveis, afinal, o jejum reduz a insulina, a glicose no sangue, a obesidade, enfim, diminui fatores de risco para doenças cardiovasculares.