Publicado em 23/11/201
A cada dia as pessoas estão mais estressadas, atarefadas com estudos e trabalho, e ainda se alimentando inadequadamente. E tudo isso interfere na qualidade do sono, pois não basta deitar em uma cama e dormir por oito horas, é preciso ter um sono de qualidade, verdadeiramente restaurador. O tempo que cada pessoa precisa dormir, inclusive, é apenas uma estimativa geral, já que cada organismo e estilo de vida são únicos.
Mas, afinal, o que é o estresse? O estresse é o novo e maior mal do século. Ele gera a secreção abundante, pela glândula suprarrenal, de um hormônio chamado cortisol. Este nos prepara para situações de adversidades – emocionais ou físicas -, nos carregando de energia.
Acredito que todo mundo já deva ter se sentido estressado em algum momento. Afinal, é normal sentir raiva, decepções e tristeza. Isso faz parte da vida. O que não é normal é quando o estresse deixa de ser algo de “momento” e passa a ser algo fixo, durando semanas, meses e até anos.
Da mesma forma como o sentimento de medo é essencial para a preservação da vida, fazendo com que a pessoa evite tomar atitudes que possam colá-la em risco, o estresse é um mecanismo fisiológico que colaborou para que o ser humano sobrevivesse até os dias de hoje.
O que ocorre é que estes momentos de tensão tem impacto direto na qualidade do sono. Em situações de estresse, ocorrem diversas reações no corpo como o aumento do batimento cardíaco, da respiração e da pressão arterial. Antigamente, o estresse poderia ser um encontro com um animal feroz, atualmente, no entanto, a correria do dia a dia e a vida na cidade acabam sendo os grandes vilões.
Para ser mais exato, na verdade existem dois tipos de causas de estresse: os estressores internos e os externos. Os primeiros são da própria pessoa e estão relacionados às características de personalidade como o perfeccionismo e a pressa. Os segundos (estressores externos) estão relacionados ao ambiente. Mudanças, trânsito e trabalho, por exemplo.O estresse não irá desenvolve ruma doença da noite para o dia, mas com o tempo, o seu organismo pode ficar debilitado e acabar gerando uma série de problemas como enxaquecas, problemas estomacais e até mesmo cardíacos.
Nesse mundo moderno as causas de estresse são infinitas – assédio moral, problemas financeiros, problemas com relacionamentos, cobranças, prazos, separação, perda de parentes – fatores que vão causar a secreção de cortisol e desencadear toda a reação infamatória. Isso interfere no sono, na compulsão por doces e salgados, carboidratos e na energia do dia, com fadiga, cansaço (letárgico no dia e de noite desperta e fica aceso, perdendo o sono e repetindo o ciclo).
O estresse é a reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais. Existem dois tipos principais de estresse:
POSITIVO – O organismo produz adrenalina que dá ânimo e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. É considerada a fase da produtividade.
NEGATIVO – É o excesso de estresse. A pessoa ultrapassa seus limites e esgota a capacidade de adaptação, o organismo fica sem nutrientes (o que pode causar doenças) e a energia mental fica reduzida, prejudicando a produtividade. As principais doenças associadas ao estresse são diabetes, depressão, enxaqueca, dislipdemias (distúrbio de colesterol, trigliceridieos) etc.
As três fases do estresse:
ALARME – O corpo reconhece o estresse e ativa o sistema neuroendócrino.
ADAPTAÇÃO – Organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo níveis hormonais.
EXAUSTÃO – O agente estressor não desaparecer. O mecanismo de adaptação falha e falta energia.
O estresse tem impacto no organismo nas seguintes frentes:
No sistema cardiovascular: aumenta a frequência cardíaca, a contração do coração, do ébito cardíaco, a pressão arterial e os níveis de gordura no sangue. A adrenalina – hormônio responsável por acelerar o organismo – é liberada pelo corpo, provocando taquicardia e sudorese.
No sistema neurológico: o hormônio do estresse (ACTH) produz sensações de ansiedade e fracasso iminente. Os derivados do hormônio cortisol agem como sedativos, causando sensação constante de depressão. O excesso do cortisol pode causar distúrbios de sono, perda da libido e do apetite.
No sistema imunológico: o estresse torna esse sistema superativo, resultando no desencadeamento ou agravamento de doenças autoimunes.
Algumas dicas para lutar contra o estresse: