A doença celíaca caracteriza-se pela intolerância ao glúten[1], proteína presente em alimentos como cevada, trigo, aveia, centeio e malte. É definida por um processo crônico de inflamação da mucosa do intestino delgado, que como consequência traz um quadro de atrofia das vilosidades intestinais. Isso resulta na má absorção intestinal dos nutrientes. Essa desordem sistêmica autoimune pode se manifestar em indivíduos que possuem predisposição genética logo na infância, em crianças com idade entre 1 a 3 anos, mas também há casos onde ela surge na fase adulta[2].
Entre os sintomas mais comuns da doença celíaca estão diarreia crônica e persistente, que pode durar 30 dias ou mais, prisão de ventre, anemia, vômitos, alterações de humor e apetite, emagrecimento, distensão e dor abdominal entre outros. O seu diagnóstico pode ser feito através de exames laboratoriais como exames de sangue para a conferência dos níveis dos anticorpos anti-transglutaminase tecidular (AAT) e anti-endomísio (AAE) aliados a endoscopia com biópsia, onde são colhidas amostras de tecidos do intestino delgado para checagem de possíveis alterações nos vilos que revestem a parede do intestino delgado.
O tratamento mais recomendado é não ingerir alimentos que contenham glúten. Hoje no mercado existem vários outros ingredientes que podem substituir os que contêm glúten como farinha de arroz, milho, maisena, quinoa, amaranto, fécula de batata, araruta entre outros.
Os celíacos devem se atentar aos rótulos dos alimentos para que não ingiram sem querer algum tipo de alimento que contenha glúten. É obrigatório por lei federal nº 10674, de 2003_ que todas as empresas de produtos alimentícios informem nos rótulos se aquele produto contém glúten ou não contém glúten.
Leia também:
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Alimentação e autoimunes
Lúpus
Doença de Chron
Tireoidite de Hashimoto
Diabetes Tipo 1
Referências
[1] Dougher, Carly E. Viver sem glúten: Uma Análise da Doença e Coping Narrativas . 2010. Tese de Doutorado.
[2] Zipser RD, Patel S, Yahya KZ, et ai. Apresentações de doença celíaca em adultos em um grupo nacional de apoio ao paciente. Dig Dis Sei. 2003; 48 : 761-4.