O açúcar pode ser o seu pior inimigo e a falta de sono de qualidade pode ser um cúmplice silencioso em um crime contra o seu cérebro!
Sim, o Alzheimer tem um componente genético, mas também é preciso lembrar da epigenética (o modo como vivemos, as escolhas que fazemos), que cada vez mais é preponderante à genética!
E aqui vai uma dose de verdade amarga: a ingestão excessiva de açúcar está diretamente relacionada a uma série de efeitos negativos à saúde, incluindo um risco aumentado de desenvolver doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. E não é só isso, estudos apontam que uma dieta rica em açúcar pode levar à resistência à insulina no cérebro, prejudicando a capacidade de eliminar detritos neuronais, um fator chave na neurodegeneração. Aliás, recentemente, os pesquisadores propuseram o termo “Diabetes tipo 3” para a doença de Alzheimer, devido às características moleculares e celulares compartilhadas entre o Diabetes tipo 1, Diabetes tipo 2 e resistência à insulina associada a déficits de memória e declínio cognitivo, principalmente em idosos.
Mas o açúcar não age sozinho. A falta de sono de qualidade entra em cena como um vilão que potencializa os efeitos nocivos do açúcar. Dormir mal afeta a regulação do apetite, levando a uma ingestão excessiva de calorias e, consequentemente, mais açúcar. Além disso, a privação de sono pode contribuir para o acúmulo de placas amiloides no cérebro e também está associada a uma redução do hipocampo, a parte do cérebro essencial para a memória e aprendizado, abrindo caminho para o Alzheimer.
Ref.: DOI: 10.1016/j.physbeh.2016.05.041
DOI: 10.1080/1028415X.2021.1959099
DOI: 10.1016/j.jalz.2018.05.012