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A nova definição de obesidade

Por décadas, a obesidade foi resumida simplesmente a: IMC>30. Mas será que esse critério isolado realmente define quem está em risco?

Uma revisão histórica feita pelo The Lancet Diabetes & Endocrinology, envolvendo 58 especialistas e mais de 76 sociedades médicas ao redor do mundo, trouxe à tona uma verdade incômoda: o IMC sozinho é insuficiente para diagnosticar a obesidade e suas consequências!

A OBESIDADE VAI ALÉM DO PESO NA BALANÇA! A nova definição considera não apenas a quantidade de gordura corporal, mas se ela está comprometendo a saúde dos órgãos e limitando a vida do indivíduo.

E é aqui que entra a diferença entre obesidade pré-clínica e clínica:

⚠️ Obesidade pré-clínica: Excesso de gordura corporal sem impacto direto na saúde dos órgãos. Essas pessoas têm um risco aumentado de desenvolver doenças metabólicas, cardiovasculares e até câncer, mas ainda não manifestaram sintomas.

⚠️ Obesidade clínica: Quando a adiposidade já compromete órgãos vitais e funções do corpo, aumentando o risco de infartos, AVCs, insuficiência renal, resistência à insulina e doenças psiquiátricas.

Por isso, os médicos devem avaliar a obesidade com mais precisão, usando critérios como circunferência abdominal, relação cintura-quadril, densitometria óssea e exames metabólicos, em vez de depender apenas do IMC.

Esse novo conceito deixa claro que o excesso de gordura pode comprometer até 18 sistemas do corpo, levando a problemas como:

👉 Pressão intracraniana elevada
👉 Apneia do sono grave
👉 Disfunção cardíaca e insuficiência renal
👉 Hipertensão pulmonar
👉 Dor crônica e mobilidade reduzida

Isso significa que alguém com IMC 27 e alta gordura visceral pode estar em risco maior do que alguém com IMC 32 e boa distribuição corporal! A forma como a gordura se acumula importa mais do que o peso absoluto.

Por isso, o tratamento da obesidade deve priorizar a função metabólica (redução de inflamação e melhora da sensibilidade à insulina), saúde dos órgãos e, claro, a qualidade de vida.

Se o seu exame está “normal” mas você sente cansaço, dor articular ou falta de disposição, talvez seu corpo esteja gritando por ajuda!

DOI: 10.1016/S2213-8587(24)00316-4

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