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SOP

Atualmente vemos um grande número de mulheres que tentam tratar a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) com o uso contínuo de anticoncepcionais. Será esta a única alternativa? O acompanhamento de um médico e de um nutricionista, aliado ao ginecologista, é fundamental para mulheres com SOP.

Atualmente vemos um grande número de mulheres que tentam tratar a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) com o uso contínuo de anticoncepcionais. Entendam: os contraceptivos são venenosos para o organismo. Não pensem que a pele estar lisa e sua menstruação em dia seja o fim dos problemas.

Vamos acompanhar um raciocínio bem rápido e vocês vão me dizer: Mulheres com SOP estão mais propensas a doenças cardiovasculares, intolerância a glicose, diabetes, depressão, câncer endometrial, obesidade e etc. Os anticoncepcionais tratam tudo isso ou apenas evitam a gravidez?

Não adianta confiar cegamente na pílula. Precisamos ter em mente que o tratamento é fruto de algo maior! Comer bem, se exercitar, perder peso e ter uma vida mais tranquila são ótimos – se não, essenciais – remédios para alcançar bons resultados. Não se deixem levar pela melhora momentânea de pele e regularidade menstrual! A cura vem também de dentro e precisa ser uma constante, ok? Como disse ontem quando falamos da endometriose, procure um especialista que te ouça.

Assim, respondo a uma das maiores, se não a principal de muitos de vocês: “Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), tem cura?!” A resposta é SIM!  A afirmação é verdadeira se tratarmos a causa, não os efeitos. É possível reverter o quadro e/ou minimizar os sintomas ao máximo, gerando qualidade de vida, sem necessariamente ter que recorrer a algum medicamento.

Em 1º lugar, é preciso deixar claro que não existe uma dieta de SOP. Não existe inclusão de alimentos, mas sim, a exclusão. É preciso BANIR do cardápio farinhas e açúcares. Trata-se de uma dieta de baixo índice glicêmico, como a dieta paleolítica ou low carb.  A explicação para isto é que as mulheres com esta síndrome têm aumento na resistência à insulina. Este impacto é ampliado se a mulher estiver acima do peso ou obesa, sendo perigoso à saúde, com risco de desenvolver diabetes tipo 2, diabetes gestacional e de ter doença cardiovascular entre outros agravos decorrentes da síndrome metabólica.

Outro ponto a esclarecer é que a SOP, em especial, não se trata de uma questão inflamatória – de supressão do glúten ou da lactose, isso é característico da endometriose, que acomete muitas mulheres, e que realmente tem semelhanças no quadro clínico da SOP.

O acompanhamento de um médico e de um nutricionista, aliado ao ginecologista, é fundamental para mulheres com SOP.

Procure especialistas que tenham esta visão mais funcional e mais holística do que medicamentosa.

REFERÊNCIAS

Low-Carb Diet’s Effect on Insulin May Ease Ovarian Syndrome

Favourable metabolic effects of a eucaloric lower-carbohydrate diet in women with PCOS

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