Hoje, no Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, é importante falarmos sobre a doença de Crohn, uma das principais DIIs.
Alguns estudos citam que mudanças alimentares contribuem para a diminuição dos sintomas e desconfortos oriundos da doença de Crohn. Há pesquisas que apontam os carboidratos em excesso como um elemento que contribui para o processo inflamatório intestinal, desencadeando distúrbios. A caseína e o glúten (proteína do leite e do trigo de grande tamanho molecular causando grande dificuldade de digestão), especialmente quando consumidos em excesso, podem causar leaky gut contribuindo para “acordar” os genes recessivos de doenças autoimunes.
Nossa alimentação mudou muito com a chegada da modernidade. Um exemplo desta mudança está na farinha de trigo, que não é mais a mesma que nossos antepassados paleolíticos usavam. Hoje é feita na fermentação química, mantendo a integridade do tamanho molecular do glúten (causador de desconforto e leaky gut). Antigamente, ninguém comia nenhum pão que não fosse fermentado naturalmente, que tem a molécula do glúten pré-digerida (o mesmo ocorre com a caseína em queijos curados). Até 2-3 décadas atrás as pessoas não tinham tanta inflamação porque o tamanho molecular do glúten era degradado e pré-digerido pelas bactérias no processo de fermentação natural. Hoje se consome grandes quantidades e de trigo fermentado quimicamente, o que inflama o intestino pelo seu grande tamanho molecular.
Por isso, além de cuidar da alimentação (livrando-se dos ultraprocessados e alimentos inflamatórios), cuide da sua saúde mental, dos níveis de vitamina D e do seu sistema imunológico para evitar problemas em seu intestino! Ao sentir desconfortos gastrointestinais, não hesite em procurar auxílio profissional!
Compartilhe esse post com quem pode se beneficiar dessas informações!
Refs:
Akobeng AK, Thomas AG. Síndrome de Refeeding após o tratamento nutricional enteral exclusivo na doença de Crohn. J. Pediatr. Gastroenterol. Nutr . 51 (3), 364-366 (2010).
DOI: 10.1016/j.jada.2011.05.004
DOI: 10.2353/ajpath.2010.090998