As pessoas podem ingerir, em média, aproximadamente 5 gramas de plástico por semana, o que equivale a um cartão de crédito. Isso foi o que descobriu uma análise encomendada pela organização não-governamental WWF, em 2019, e realizada pela Universidade de Newcastle, na Austrália. O estudo combina dados de mais de 50 pesquisas sobre a ingestão de plásticos por humanos e mostra que a maior fonte de ingestão de plástico é por meio da água, seja ela engarrafada ou de torneira.
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Mas, afinal, como os microplásticos, chegam até os oceanos? Bom, vocês já devem imaginar….Descarte industrial inadequado; garrafas, embalagens e brinquedos que se degradam no continente, mas com os ventos e chuvas vão parar no mar; as microesferas de plásticos presentes em esfoliantes e pastas de dente que são drenadas pelo ralo e até mesmo por meio de microfibras que são derivadas a partir da lavagem de roupas sintéticas e vão parar no esgoto.
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Em 2018, um estudo mostrou que quase três em cada quatro peixes de zonas remotas no Oceano Atlântico continham microplásticos. Esses peixes são presas de peixes maiores, que, por sua vez, estão em nossa dieta. E neste ano, pela primeira vez, um estudo descobriu microplásticos no sangue humano.
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Os plásticos contém substâncias químicas que podem ser tóxicas ou atuar como disruptores endócrinos, as partículas viajam pela corrente sanguínea e podem se alojar em nossos órgãos – em especial, o intestino (prejudicando o órgão e abrindo portas para diversos problemas de saúde). O que podemos fazer, então? Conscientizar a população é fundamental. Separar o lixo, reciclar, cobrar políticas públicas, dar preferência por produtos naturais e que não utilizem plásticos em sua composição – principalmente para preparar/armazenar alimentos!
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Refs:
awsassets.panda.org/downloads/plastic_ingestion_press_singles.pdf
doi.org/10.3389/fmars.2018.00039
doi.org/10.1016/j.envint.2022.107199