Você está inflamando o seu organismo ou promovendo saúde ingerindo os nutrientes que o seu organismo precisa?
Parece uma pergunta boba – afinal, qualquer um gostaria de responder a segunda opção, mas a realidade é que muitas vezes nós consumimos alimentos que podem inflamar o nosso corpo e nem nos damos conta.
E o pior, não é como se o consumo fosse esporádico. É uma oferta obscena de farináceos e açúcares (bolachas, pães, álcool, doces, refrigerantes, sucos de caixinha etc) que, quando consumidos diariamente e em excesso podem ir, aos poucos, fomentando a inflamação em nosso organismo.
O resultado? Maiores são os riscos do desenvolvimento de diabetes, obesidade, depressão e doenças neurodegenerativas.
Inclusive, um estudo da Universidade de Atenas, publicado na conceituada revista Neurology em novembro de 2021, mostrou que um maior potencial inflamatório na alimentação está diretamente associado a um risco aumentado de desenvolver demências na terceira idade, como o Alzheimer.
Quando envelhecemos, passamos por uma mudança funcional da nossa imunidade, a imunosenescência. Ela pode facilitar a inflamação crônica de baixo grau, caracterizando-se por altos níveis de moléculas pró-inflamatórias, como as citocinas.
É justamente esse quadro de inflamação que tem sido associado ao declínio cognitivo e ao risco de desenvolver demências, como o supracitado Alzheimer e a demência vascular (caracterizada por perda de funções mentais devido à redução do fluxo sanguíneo no cérebro).
Se você ainda estava esperando mais motivos para ressignificar a alimentação, agora tem mais um, então! Coma comida de verdade!
Referência: doi: 10.1212/WNL.0000000000012973.