O excesso de tempo de tela pode impactar negativamente no desenvolvimento dos seus filhos.
A primeira infância é um período crítico para o desenvolvimento cognitivo. As interações do mundo real, brincadeiras e exploração física são essenciais para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como a linguagem, memória, resolução de problemas e habilidades motoras. O uso excessivo de telas pode ainda interferir nas interações sociais e emocionais das crianças, limitando essas interações sociais – o que pode acarretar em dificuldades no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Isso, sem contar, que a exposição excessiva – especialmente antes de dormir- pode interferir na qualidade e duração do sono, além, é claro, de contribuir com um estilo de vida sedentário.
As evidências científicas mostram que o uso excessivo de telas pelas crianças pode gerar ou acentuar problemas de saúde como TDAH, miopia, insônia, obesidade, diabetes, problemas cardíacos, ansiedade e depressão. Outros dois problemas que essa exposição excessiva pode acarretar são o cyberbullying e a sexualização precoce.
Por tudo isso, fica aqui o meu apelo: evitem usar celulares, tablets e televisão para entreter seus filhos, estimulem que eles interajam com amigos e familiares, brinquem ao ar livre e se movimentem.
Aliás, as recomendações da OMS são:
0 a 2 anos: exposição a telas não é recomendada
2 a 3 anos: exposição a telas deve ser a menor possível, não passando de uma hora por dia
3 a 5 anos: exposição a telas pode ser um pouco maior, mas limitada a uma hora por dia
5 aos 17 anos: exposição a telas deve ser limitada a duas horas por dia, no máximo
Sei que pode ser um desafio para muitos pais e mães, mas limitar essa exposição é algo que só trará benefícios aos seus filhos. Acredite, um dia eles agradecerão vocês por isso! Pensem em estratégias para que possam evitar o uso de telas – especialmente na primeira infância!