Publicado em 22/11/2016
A verdade é que nosso organismo precisa de um sono reparador, tanto quanto necessita do ar que respiramos. O sono adequado é uma parte fundamental de um estilo de vida saudável, e pode beneficiar positivamente seu coração, peso, mente, e muito mais.
A privação do sono pode causar danos ao seu corpo no curto prazo. Com o tempo, isso pode levar a problemas crônicos de saúde e impactar negativamente na sua qualidade de vida. Quando você está privado de sono, o cérebro pode não funcionar corretamente, afetando suas habilidades cognitivas e seu estado emocional. Se a privação do sono de qualidade for “constante” pode impactar no bom funcionamento dos sistemas nervoso central, autoimune, respiratório, digestivo, imunológico e cardiovascular. Com isso, pode colocar seu organismo em risco de desenvolver doenças crônicas.
A privação do sono é perigosa para a sua saúde física e mental e pode reduzir drasticamente a sua qualidade de vida. Uma noite mal dormida pode interferir inclusive em sua habilidade de tomar decisões. Dormir pouco pode trazer sérias conseqüências à saúde das pessoas. Quem não tem uma boa noite de sono pode ter o raciocínio prejudicado, render menos no trabalho e sofrer com muito mais cansaço. Além disso, está mais sujeito a infecções, obesidade, hipertensão e diabetes.
Mas, afinal, quais são as funções do sono? Vários sistemas descansam durante o sono, o que quer dizer que eles voltam a “funcionar normalmente”, reduzindo suas atividades, pois não precisam de força total. Os hormônios produzidos durante essa fase são a insulina (que controla a taxa de glicose no sangue), leptina, tireoide, corticoides, o GH que é o hormônio do crescimento, prolactina (que controla a produção do leite), entre tantos outros.
Se não dormimos bem, temos tendência a engordar, aumentar as taxas de gordura e açúcares no sangue, não crescer adequadamente (pois produzimos GH, que além de nos fazer crescer, é um hormônio anabólico que controla o ganho de massa muscular e a queima de gordura), não conseguir amamentar bem, ter pressão arterial mais alta, ter maior risco de doenças cardíacas e vasculares, destacando-se acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, impotência sexual, dentre outros problemas.
Além desses problemas, não ter um sono de qualidade implica em uma maior dificuldade no ganho de massa muscular, queima da massa gorda, uma menor fixação da memória, redução da qualidade do sistema imunológico e aumento do cortisol.
Enquanto dormimos, diminuímos a produção de cortisol e adrenalina, o que colabora para o controle do estresse e também conseguimos perder peso, pois produzimos a leptina que nos dá saciedade, hormônio muito importante e bastante produzido durante o sono. Sabemos de longa data que a produção e liberação da melatonina, hormônio que regula nosso ciclo de sono-vigília, não é regulada por outros hormônios, mas sim por fatores como a luz e o barulho, por exemplo, assim como o próprio envelhecimento também reduz a sua produção natural. Ou seja, se ficamos expostos à ambientes claros de noite, com a luz ligada e usamos muito o smartphone antes de dormir, isso pode – e vai – prejudicar a produção da nossa melatonina. A glândula pineal, que é a produtora deste hormônio, com o passar do tempo pode se calcificar, diminuindo assim a liberação da melatonina. Bebidas ricas em cafeína (não ingerir após as 15 horas) nos deixam mais despertos e podem atrasar nosso sono.
Outro ponto: por conta da idade, o relógio biológico muda, fazendo com que a pessoa se sinta cansada mais cedo à noite e acorde mais cedo na manhã, então pessoas mais velhas se tornam mais suscetíveis a apresentarem este problema. Apesar disso, idosos geralmente precisam da mesma quantidade de sono que pessoas mais jovens. É preciso entender que a falta de atividades diárias pode interferir em uma boa noite de sono, pois quanto menos ativa uma pessoa for, mais tempo ela terá para tirar sonecas ao longo do dia, o que dificulta na hora de dormir à noite.
Os sinais mais óbvios de privação do sono são sonolência excessiva, bocejando, e irritabilidade. O “segredo” para dormir bem é estabelecer uma rotina que faça seu cérebro entender que seu corpo irá relaxar em poucas horas. Por isso, hábitos que sigam essa linha são bem vindos, tais como escutar músicas com batidas mais lentas, não comer alimentos gordurosos (para que o corpo não demore na digestão e consiga se “preparar” para dormir), não utilizar muito smartphones ou aparelhos tecnológicos a noite, bem como realizar atividades que passem a informação de descanso para o seu organismo.