Foram examinados 47 testículos caninos e 23 humanos, retirados durante autópsias, e neles os pesquisadores identificaram 12 tipos diferentes de microplásticos. Os resultados foram chocantes:
Concentração nos cães: 122,63 microgramas por grama (µg/g) de tecido testicular.
Concentração nos humanos: 328,44 microgramas por grama (µg/g) de tecido testicular.
Esses números são alarmantes, especialmente considerando que níveis mais elevados de PVC no tecido testicular canino foram correlacionados com uma menor contagem de espermatozoides.
Assim, podemos imaginar que a exposição contínua a microplásticos pode afetar a saúde reprodutiva masculina, potencialmente reduzindo a fertilidade.
Vale lembrar que os testículos possuem a barreira hematotesticular, que funciona de forma similar à barreira hematoencefálica. Será, então, que assim como os testículos não estão seguros, o cérebro pode ser a “próxima vítima” dos microplásticos? Enquanto aguardamos por essa resposta, faça sua parte e evite expor-se aos microplásticos:
– Prefira alimentos embalados em vidro ou papel em vez de plástico.
– Use filtros de água que removem microplásticos.
– Evite produtos plásticos descartáveis e opte por alternativas reutilizáveis.
– Verifique os rótulos de produtos de cuidados pessoais e evite aqueles que contêm ingredientes como polietileno (PE) ou polipropileno (PP).
– Tecidos sintéticos como poliéster liberam microplásticos durante a lavagem. Escolha roupas feitas de fibras naturais como algodão ou lã.
Além das mudanças individuais, é essencial pressionar por políticas que reduzam a produção e o uso de plásticos. Apoie iniciativas e legislações que visam limitar a poluição por plásticos e promova a pesquisa em alternativas sustentáveis. Compartilhe esta mensagem e ajude a espalhar a conscientização!