O intestino, considerado nosso segundo cérebro, tem entre suas funções sintetizar e absorver vitaminas, além de completar a digestão para que, então, ocorra a evacuação. No entanto, uma alimentação inadequada, uso de alguns medicamentos, doenças autoimune, hipotireoidismo, diabetes, gravidez, sedentarismo, síndrome do intestino irritável, emoções (intestino-cérebro), dentre outros motivos podem ocasionar constipação, afetando assim a qualidade de vida do indivíduo.
Segundo o Dr. Barakat, é fundamental ingerir fibras, bem como água, para que o bolo fecal seja produzido corretamente. “Além disso, pessoas constipadas devem evitar bebidas gaseificadas, que aumentam o estufamento e inchaço da barriga”.
Para entender melhor o que pode interferir nesse processo de digestão tão complexo e os fatores que podem impactar ocasionando a prisão de ventre, confira abaixo:
– Má mastigação e digestão
A digestão inicia-se ainda na boca, com a mastigação. Assim, é importante mastigar os alimentos corretamente para que cheguem ao intestino de forma adequada e, no intestino, sejam fermentados sem maiores dificuldades. “Excesso de líquidos e alimentos durante a mastigação, bem como o consumo regular de antiácidos e até mesmo uma eventual deficiência na produção de enzimas podem afetar o correto funcionamento desse processo. Muito líquido durante a refeição,imediatamente antes ou após vai diluir o seu suco gástrico e isso vai prejudicar a sua digestão gástrica, atrapalhando todo o processo digestório.” completa o médico Dr. Barakat.
– Medicamentos
Alguns medicamentos bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos, comumente usados no tratamento da pressão alta, além de anti-histamínicos e antidepressivos tricíclicos podem ter como efeito colateral a constipação. Além disso, o uso de antibióticos pode desequilibrar a flora intestinal, prejudicando o bom funcionamento do intestino. O uso de inibidores de bomba de próton também tendem a diminuir a produção de ácido gástrico para evitar a sensação de queimação, funcionando como uma espécie de analgésico. Assim, seu uso prolongado acaba interferindo de forma negativa no processo digestório, pois derruba a produção de ácido gástrico e, consequentemente, prejudica a digestão.
– Depressão e estresse
De acordo com o Dr. Barakat, a saúde mental está intimamente ligada com o intestino. “Não é à toa que falamos ‘enfezado’! Um intestino que não funciona bem deixa a pessoa de mau humor mesmo. Por isso precisamos cuidar tanto da saúde física quanto da mental!”
– Laxantes
“O uso contínuo de laxantes pode levar o intestino à dependência deles, fazendo com que o órgão deixe de funcionar corretamente”, explica o Dr. Barakat
– Sensibilidades alimentares
Sensibilidade e intolerância alimentar pode causar aceleração no movimento peristáltico como também pode distender a alça intestinal e gerar uma paralisia no movimento peristáltico por conta dessa distensão e uma barriga estufada. Assim aquele bolo alimentar que estava em processo de digestão fica parado, absorvendo água, e você se torna “enfezado”, bem antes desse bolo alimentar estar próximo ao final do trato digestório
Saiba Mais: