Falamos que depressão começa no intestino, desencadeada pela baixa produção de neurotransmissores como a serotonina[1] e dopamina.
Você deve estar confuso com tantos nomes, então, vamos as explicações: a serotonina é um neurotransmissor – mensageiro químico que conduz sinais entre neurônios e as células do corpo. Atua no cérebro regulando não só o humor, mas também o sono, apetite, sensibilidade a dor, funções intelectuais entre outros.
Para produzir serotonina precisamos de triptofano, um aminoácido essencial _ ou seja, não produzido pelo organismo[2]. A niacina, vitamina B3 e magnésio também fazem parte do processo. Para que nosso organismo funcione bem, é importante que entre outros fatores, os níveis de serotonina estejam equilibrados.
Mas como saber se estamos com baixo nível de serotonina? Entre os principais sinais estão baixa na capacidade de concentração, mau humor, crises de insônia e alterações no apetite. Este cenário é um prato cheio para que o gatilho de genes até então inativos como o da depressão possam ser ativados.
Outro neurotransmissor importante é a dopamina. Ela é produzida pelo cérebro e desempenha papel fundamental no comportamento e cognição[3][4], humor, sono, aprendizagem, sensação de bem-estar[4], atenção etc. Ela também estimula a sensação de felicidade diante de situações agradáveis assim como a serotonina. Podemos dizer que elas trabalham em equipe e manter bons níveis desses neurotransmissores é sinônimo de qualidade na saúde mental.
Quando dizemos que o ser humano deve ser analisado como um todo – corpo, mente e espírito – é um organismo sadio é fundamental para uma mente também sã. Se comemos comida pouco saudável, a microbiota é alterada e o corpo inteiro vai sentir esse impacto!
A depressão pode ser multifatorial, mas a influência do intestino é fundamental. E uma dica de como não ativar o gatilho da depressão, doenças autoimunes e tantas outras é: mantenha sempre seu intestino saudável. Alimente-se com qualidade, deixe de lado os produtos industrializados que em nada agregam à saúde.
É nessa linha de pensamento que iniciaremos uma série sobre Saúde Mental. Acompanhe! Gratidão!
Referências
[1] Namkung, Jun, Hail Kim, and Sangkyu Park. “Peripheral Serotonin: A New Player in Systemic Energy Homeostasis.” Molecules and Cells 38.12 (2015): 1023–1028. PMC. Web. 29 May 2017.
[2] Jenkins, Trisha A. et al. “Influence of Tryptophan and Serotonin on Mood and Cognition with a Possible Role of the Gut-Brain Axis.” Nutrients 8.1 (2016): 56. PMC. Web. 29 May 2017.
[3] Abraham, Antony D., Kim A. Neve, and K. Matthew Lattal. “Dopamine and Extinction: A Convergence of Theory with Fear and Reward Circuitry.” Neurobiology of learning and memory 0 (2014): 65–77. PMC. Web. 30 May 2017.
[4] Bromberg-Martin, Ethan S., Masayuki Matsumoto, and Okihide Hikosaka. “Dopamine in Motivational Control: Rewarding, Aversive, and Alerting.” Neuron 68.5 (2010): 815–834. PMC. Web. 30 May 2017.
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