A insônia é um distúrbio que prejudica a capacidade de uma pessoa adormecer e também de permanecer dormindo durante a noite toda. Pessoas com insônia geralmente começam o dia já se sentindo cansadas, têm problemas de humor e falta de energia e têm seu desempenho bastante prejudicado.
Muitas vezes, ocorre a sensação de sono não reparador, de má qualidade, com cansaço diurno. Em longo prazo, a coisa piora! As consequências normalmente são irritação, dificuldade para se concentrar ou de memória, sintomas de depressão, entre outras.
Sabemos que, por conta da idade, o relógio biológico muda, fazendo com que a pessoa se sinta cansada mais cedo à noite e acorde mais cedo na manhã, então pessoas mais velhas se tornam mais suscetíveis a apresentarem este problema. Apesar disso, idosos geralmente precisam da mesma quantidade de sono que pessoas mais jovens. É preciso entender que a falta de atividades diárias pode interferir em uma boa noite de sono, pois quanto menos ativa uma pessoa for, mais tempo ela terá para tirar sonecas ao longo do dia, o que dificulta na hora de dormir à noite.
A insônia pode impactar inclusive as crianças. Especialmente se não é estabelecida uma rotina diária eficaz para que ela tenha uma boa noite de sono. Uma falta de rotina na hora de dormir pode fazer com que crianças durmam muito tarde, acordem muito tarde e não tenham tempo de tomar café ou de almoçar em um prazo adequado. Também não é muito interessante que elas sejam expostas a aparelhos eletrônicos nesta hora, porque isso prejudica muito o hábito de “descansar o corpo” para conseguir dormir bem.
Sabe-se que é recomendável, até os 3 anos de idade, realizar a soneca do dia, porque ela é fundamental para o sono noturno adequado durante a noite. Mas é importante ter atenção para que essas sonecas não ocorram após as 16 horas, já que isso pode desregular a hora de dormir depois.
Fatores que contribuem para um agravo no quadro de insônia
As principais causas – diagnosticadas – são ansiedade, depressão, uso frequente de alguns medicamentos e de bebida alcoólica; no último caso, principalmente após a suspensão do consumo.
Estresse, ansiedade, depressão, medicações, maus hábitos de sono, se alimentar tarde, alimentos a base de cafeína, nicotina e álcool, mudança de ambiente ou horário de trabalho também são fatores que podem causar insônia.
Sabemos de longa data que a produção e liberação da melatonina, hormônio que regula nosso ciclo de sono-vigília, não é regulada por outros hormônios, mas sim por fatores como a luz e o barulho, por exemplo, assim como o próprio envelhecimento também reduz a sua produção natural. Ou seja, se ficamos expostos a ambientes claros de noite, com a luz ligada e usamos muito o smartphone antes de dormir, isso pode – e vai – prejudicar a produção da nossa melatonina.
A glândula pineal, que é a produtora deste hormônio, com o passar do tempo pode se calcificar, diminuindo assim a liberação da melatonina. Bebidas ricas em cafeína (não ingerir após as 15 horas) nos deixam mais despertos e podem atrasar nosso sono.
O álcool também entra como fator prejudicial, pois sua ingestão irá diminuir o número de vezes que atingimos o chamado sono REM, que é o sono reparador. Assim, acordamos mais cansados. Além disso, o que mais conseguimos notar é a influência terrível do estresse sobre o sono, pois as alterações de cortisol trarão repercussões negativas tanto para o dia quanto para a noite, como irritação, sonolência, cansaço durante o dia e insônia à noite.
Inclusive, o estresse, é um dos fatores relacionados à insônia. Toda vez que há estresse elevado, as pessoas costumam acordar no meio da noite com o cortisol elevado, podem até manifestar taquicardia e sudorese. O organismo sob situações de adversidades e ou adrenalina ocasionada por determinadas situações que demandam, sobretudo energia da mente – a resposta pode vir na hora de dormir, por meio da insônia.
A insônia mais recorrente é a primária, que se caracteriza por uma resposta anormal a estresses. Além disso, o indivíduo apresenta dificuldade para dormir durante a noite ou de dia (o que não é aconselhado), e isso é muitas vezes associado a atividade mental intensa, com maior fluxo de pensamentos. Se identificou? Saiba que, atualmente, algumas doenças também interferem no sono: as dificuldades respiratórias durante a noite são causas frequentes de um sono de má qualidade! São situações que podem provocar pequenas pausas respiratórias conhecidas como apneia, que culminam em curtos despertares. Doenças que causam dores também podem provocar insônia. A fibromialgia, por exemplo, que se caracteriza por pontos dolorosos em determinadas regiões do corpo, é um dos fatores problemáticos ao sono!
O estresse emocional também é fator de comprometimento do sono. Uma perda pessoal, uma cobrança profissional. Até mesmo no caso das lactantes. Sem dúvida, levantar para cuidar do bebê, seja a mãe ou o pai, é algo nobre. É comum, instintivamente que elas evitem entrar em sono profundo para ficarem atentos em atender uma necessidade do filho. Estas circunstâncias de preocupação geram uma atmosfera de aumento de cortisol, adrenalina e – resultado: insônia!