Você já considerou incluir insetos na sua alimentação? Um estudo recente publicado na revista Science sugere que, além de ser uma prática natural em algumas culturas, pode trazer benefícios surpreendentes para o seu metabolismo!
Realizado por pesquisadores da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, o estudo alimentou camundongos com uma dieta contendo quitina, um polissacarídeo encontrado em exoesqueletos de insetos, conchas de crustáceos e fungos. Os resultados foram fascinantes!
O estômago dos camundongos distendeu-se, desencadeando uma resposta imune. Foi observada a produção de uma enzima intestinal única chamada AMCase, essencial para a digestão da quitina, e a ativação de células reguladoras nos tecidos adiposos. O consumo de quitina promoveu um microbioma saudável no trato gastrointestinal inferior, acelerando o metabolismo.
E qual o impacto disso? Os camundongos que não conseguiam digerir quitina mostraram resistência ao ganho de peso, mesmo com uma dieta rica em gordura. Além disso, observou-se um aumento de células linfoides inatas do tipo 2 (ILC2), relacionadas à regulação dos tecidos adiposos.
Os mamíferos, incluindo os humanos, geralmente têm dificuldade em quebrar polissacarídeos volumosos. No entanto, a quitina parece ser uma exceção. Antes do desaparecimento dos dinossauros, mamíferos antigos se alimentavam de insetos em taxas mais altas. Estudos indicam que alguns mamíferos se adaptaram à digestão da quitina.
Os pesquisadores destacam que o consumo de insetos pelos humanos é seguro e pode oferecer benefícios à saúde, fornecendo nutrientes vitais como proteínas. Fique de olho, pois os próximos passos do estudo incluem testes em humanos!
Agora me diz, quem aí comeria ou já comeu?!
Ref.: DOI: 10.1126/science.add5649