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Extero-Gestação

Conheça esta teoria e saiba o que são os "5 Ss"

O período de adaptação do bebê em sua vida fora do útero requer tempo, compreensão, dedicação e, sobretudo, amor.
Quando “sai” para o novo universo, depois de abrigado no ventre materno, é uma verdadeira reviravolta. Imagine você – de repente abrir os olhos e nada mais ser como era. Apenas você e o desconhecido. Isso pode causar insegurança e medo num adulto, que dirá num bebê!Assim, sua reação ao ser exposto à nova realidade é o choro. Aliás, este é o único meio de comunicação do recém-nascido para expressar sentimentos (por isso, nada de deixar bebê chorando, hein?). Saibam vocês que se o bebê chora por “fome” é porque o “time” de alimentá-lo já passou. Nada de se basear no relógio de períodos de mamada, lembrem que falamos sobre a importância da livre demanda ao leite materno.

Identificar a necessidade de comer da criança está ligado à observar sinais como o movimento da boquinha como de sucção (no ar, nas mãozinhas etc.) em busca do peito.

Neste processo de adaptação que entra a teoria chamada “Extero-Gestação”, do Dr. Harvey Karp.

A pediatra Natália Almeida Prado, do Núcleo de Pediatria do Instituto Dr. Barakat de Medicina Integrativa, esclarece este conceito:

“Nos primeiros 3 primeiros meses pós-útero, os bebês são muito imaturos e não conseguem se identificar como indivíduos únicos e estranham estar fora do corpo da mãe. Diferentemente de outros mamíferos que já nascem andando, o humano demora cerca de 1 ano para tal e passa a maior parte do tempo dormindo e mamando.

Segundo antropólogos o fato de passarmos à posição à ereta e bípede durante a evolução, fez com que a bacia feminina ficasse mais estreita e com isto ocorreu uma diminuição na duração da gestação para que a cabeça do bebê pudesse passar pelo canal de parto, já que a nossa sobrevivência depende do tamanho do cérebro e capacidade intelectual. Com isso o bebê humano está entre os mamíferos mais imaturos e completamente dependentes da mãe!

De acordo com a teoria do Dr. Harvey Karp, a reprodução das condições uterinas neste trimestre provoca uma resposta neurológica profunda e traz um reflexo calmante no bebê e o auxilia a se integrar a nova realidade. Mas, como fazer isso? Karp propõe a Regra dos “5 Ss”:

1) Swadding (embrulhar apertado): o toque, a proximidade pela a pele é o mais calmante dos 5 sentidos. Coloque o bebê no Sling – carregador de tecido que permite proximidade em diversas posições entre bebê e mãe/pai. Quanto mais embalado o bebê, mais se beneficiará!

2) Side-stomach (posição lateralizada): segurar o bebê de lado, colocar de lado no sling. Mas, lembre-se: para prevenção de morte súbita o bebê deve dormir de barriga para cima quando só!

3) Shhh-shhh: este é o som favorito do bebê. Eles estão acostumados a este som numa altura como a de um aspirador de pó e não com o silêncio! Som de ondas do mar, rádio fora da estação, aplicativos que simulam som do útero e até aparelhos eletrônicos auxiliam.

4) Swinging (balançar): movimento rítmico, no sling quando a mãe está andando, tapinhas leves rítmicos no bumbum.

5) Sugar: este fica claro: mamar no peito é o melhor calmante! Sempre!”

Dica: Procurem o livro “O bebê mais feliz do pedaço” – do Dr. Harvey Karp!

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