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Estudo comprova que não há associação entre gordura saturada e risco de infarto do miocárdio

Por muito tempo a gordura saturada esteve presente no banco dos réus. Mas, será mesmo que ela é uma vilã para a saúde?

Ao longo dos anos, a gordura saturada foi tratada como igual pelos pesquisadores. Como um macronutriente, a gordura tem seus benefícios ao organismo e erroneamente a medicina tem associado uma de suas formas como a causa principal de doenças cardiovasculares. Isso vem mudando e nos últimos anos há diversos estudos mostrando que essa associação não existe! Essa pesquisa que trago hoje, por exemplo, analisou dados de mais de 500 mil pessoas e concluiu que “as evidências atuais não apoiam claramente as diretrizes cardiovasculares que incentivam o alto consumo de ácidos graxos poliinsaturados e o baixo consumo de gorduras saturadas totais”.

Com isso, toda a sustentação para que você largue a manteiga e use margarina, largue banha de porco e use óleos vegetais está furada! A indústria demonizou a gordura saturada, algo natural que sempre comemos, para esconder o verdadeiro vilão: o açúcar, conforme comprovado por diversos estudos! Aliás, um estudo recente, publicado em novembro de 2022, concluiu que a ingestão de gordura saturada derivada de laticínios está relacionada a um menor perfil aterogênico (colesterol que pode se acumular nas artérias, formando placas e causando bloqueio dos vasos sanguíneos)!

De fato, a gordura saturada tem sim seus pontos negativos, assim como qualquer outro alimento, pois tudo se baseia em dois pontos importantes: o excesso e a qualidade do produto. Sabemos que determinados estilos alimentares – como o Paleo, seguem um maior consumo de carnes e isso é totalmente saudável.

O que varia é conforme o estilo alimentar recomendado pelo especialista para cada um. O ser humano há mais de 70 mil anos está habituado a digerir estes alimentos. Nosso organismo é o mesmo, o que mudou – e não estamos acostumados – é com uma carne ou alimento “corrompido” pela indústria!

Ref.: DOI: 10.7326/M13-1788
DOI:10.1093/ajcn/nqac224

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