O ser humano é capaz de dar aquilo que possui, que conhece e tem como referência. Sobretudo, na infância. Neste período é que criam referenciais. Elas são exímias aprendizes. A vontade de explorar o mundo é um verdadeiro convite à experimentação.
Por isso, enquanto pais e responsáveis temos o papel de auxiliá-las nesta jornada de desenvolvimento. E, são nossos exemplos, aquilo que habitualmente elas observam em nós, que poderá definir como esta criança será na vida adulta. De fato que a síndrome “Gabriela” – que diz “eu nasci assim, cresci assim, sempre Gabriela” – ao meu ver, não se trata de uma verdade absoluta. Conforme buscamos evoluir enquanto indivíduos e passamos a perceber o certo do errado, bem como nos relacionamos uns com os outros, algumas rotas estabelecidas na infância podem ser adequadas e perspectivas transformadas. O que é bom, sobretudo, se houve uma infância conturbada. Mas como toda a mudança, requer esforço e determinação.
Agora, se pudermos plantar desde cedo nas crianças bons frutos – ensinando-as a amar, a respeitar o próximo em suas diferenças, a se orgulharem de quem são, a reconhecer erros e desenvolver habilidades – é fato que elas terão sua base sólida numa fundação gerada neste ambiente acolhedor e nesta atmosfera de amor, e crescerão mais confiantes e preparadas para os desafios da vida.
Me perguntaram nessa semana como seria quando minha filha, a Lulu, crescesse – se eu seria um pai ciumento. Na hora refleti e, claro, como todo o pai, sempre zelo pela felicidade de minha filha. O que ocorre é que desde pequena, procuro mostrar a ela em atitudes valores. Como trato ela e a Rainha no dia a dia, no cuidar, no se preocupar com a felicidade delas. Estar presente em todas as circunstâncias, ser pai e amigo. Até na alimentação saudável que cultivamos dentro de casa, cada pequeno gesto. Tenho confiança que tudo isso, cada detalhe, conta e contará nas escolhas que ela vier a fazer.
É o que procuramos deixar como herança pra nossa filha. São valores que nada tem a ver com bens materiais. Mas sim, com um bem maior, que não se degrada com o tempo ou se abala com circunstâncias. O amor é esta força. Ame suas crianças para que elas possam devolver ao mundo este amor em cada passo que derem adiante!