Refrigerantes, néctares e sucos de caixinha, chocolate em pó, doces, geleias, adoçantes de mesa. Um universo de produtos com versões diet, light e zero ao alcance do consumidor em qualquer supermercado. A Indústria de alimentos entendeu a grande procura da população por alimentos light e diet, e assim começou a lançar linhas e mais linhas do tipo no mercado – uma grande baboseira, diga-se de passagem.
Tais alimentos vêm classificados como sem isso, sem aquilo, mas têm dobrados em sua composição outros itens tão nocivos e engordativos quanto o que “falta” no produto. Para substituir açucares a Indústria utiliza produtos os quais desconhecemos. Com nomes estranhos aos nossos ouvidos como acessulfame K, sacarina, ciclamato, aspartame entre outros, estes alimentos industrializados são isentos de valor nutricional.
De acordo com a Anvisa entende-se pelo “termo light como um tipo de informação nutricional complementar e significa reduzido. Assim, um alimento pode ser “reduzido ou light” em valor energético, açúcares, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol e sódio. Já o termo diet, por sua vez, é usado somente em algumas categorias de alimentos para fins especiais, tais como alimentos para dietas com restrição de nutrientes; alimentos para controle de peso; e alimentos para ingestão controlada de açúcares. É preciso ter atenção, pois o termo diet não significa sempre ausência de açúcar no alimento”. Já os chamados “zero” podem apresentar no máximo 0,5 gramas de açúcar por cada 100 gramas do alimento. Entretanto,
E infelizmente, mais uma vez, nós, consumidores, somos descaradamente enganados, pois falta muita informação nesses rótulos – ou por vezes tais informações até estão disponibilizadas, mas de forma que leigos não consigam ler. E aí eles usam e abusam de palavras mágicas como foi nos anos 90 a vez dos alimentos light, diet, e agora se aproveitam do momento dos alimentos que não contém glúten, zero lactose para vender como água, mas uma dieta limpa não consiste em receitas práticas e industrializadas vendidas pelos gigantes, mas sim em alimentação adequada ao seu organismo.
O chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar, mas é gorduroso e calórico e é mais do que o “não diet”. Em outros casos, o nutriente eliminado (sódio ou proteína, por exemplo) pode não interferir na quantidade de calorias. Produtos light, por sua vez, só ajudam a perder peso se houver diminuição significativa no teor de algum nutriente energético. Também é importante ressaltar que o consumo em excesso de um produto que contém menos calorias em relação ao original pode acarretar em uma ingestão de uma quantidade igual ou até maior de calorias, comparada ao consumo moderado de algo não-light. Quanto aos produtos diets, a Anvisa exige que todo produto contenha no rótulo a frase “Consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista ou médico”. Além disso, é aconselhado um alerta aos diabéticos quando o alimento contiver glicose, frutose ou sacarose, e o aviso “Contém fenilalanina” quando houver adição de aspartame à fórmula. Para finalizar, destaco que os alimentos diets consumidos em excesso causam tanto resistência insulínica, quanto açúcar. Mesmo aos prédiabéticos e diabéticos o consumo é perigoso. Já o light, nada mais é do que o alimento menor com valor calórico geral, e seu valor nutricional baixo.
No caso dos refrigerantes, por exemplo, que contém alta concentração de açúcar e sódio, que podem levar à obesidade e a problemas cardíacos. Os sabores à base de cola, em sua maioria, trazem também ácido fosfórico, que reduz a absorção de cálcio pelo organismo, o que pode enfraquecer os ossos. O refrigerante é um verdadeiro veneno, pois seus riscos vão muito além do aumento de peso. E engana-se quem pensa que a versão diet é mais saudável. O refrigerante diet é uma verdadeira bomba de aspartame, que, em altas doses, pode aumentar o risco de câncer.
Quando o aspartame é submetido a uma temperatura superior a 30º C, libera ácido fórmico, substância utilizada como veneno para formiga. E qual é a temperatura média do corpo humano? 36º C. Isso significa que, toda vez que ingerimos aspartame, ele é transformado em ácido fórmico. Para completar, o refrigerante é tão ácido (seu Ph gira em torno de 2,2) que, para neutralizá-lo, são necessários mais de trinta copos de água. E mesmo sendo diet, ele é capaz de gerar resistência periférica à insulina, causando hiperglicemia e constante vontade de comer açúcar. Além disso, o refrigerante diet não apresenta nenhuma fonte nutricional e ainda possui excesso de sódio. Sim, ele possui baixas calorias, mas são calorias vazias, assim como as do álcool, que em nada contribuem para a nutrição do organismo. Versões diet, light e zero de refrigerantes são especialmente prejudiciais para as crianças devido à presença de adoçantes como aspartame e ciclamato de sódio.
A ideia é limpar cada vez mais sua dieta, tudo natural, se possível orgânico, e devagar, mantendo esse conceito excluindo os excessos de glúten e lactose e não porque uns produtos não contem esses elementos quer dizer que esteja liberado para você comer com compulsão da mesma maneira que fazia com o cheetos, por exemplo, anos atrás, você apenas mudou de saquinho e limpou um pouco sua dieta.
Esses alimentos prontos não têm nada de saudável. Fuja deles! Querem ter uma vida saudável? Consuma os alimentos orgânicos, lave-os, cozinhe-os. Menos de 50% da sua composição é de frango, a outra parte é formada por restos e misturas. seus gastos vão diminuir muito, além de melhorar a sua qualidade de vida.
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Referência
Evaluation of the sweetener content in diet/light/zero foods and drinks by HPLC-DAD
Diet, light e zero – via Anvisa
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