Você já deve ter ouvido falar sobre a quantidade de óleos que existem à nossa disposição. Mas, será que todos os tipos convêm ao consumo?! O primeiro equívoco é este. Como costumo dizer, é preciso ter cuidado com a oferta e, para fazer as escolhas mais positivas para sua saúde, é preciso conhecer os diferentes óleos que existem hoje no mercado.
As recomendações/sugestões de nosso #Desafio30DiasDrBarakat são:
Inclua
Banha de porco
Manteiga Ghee
Óleo de Coco
Exclua
Óleo de Girassol
Canola
Óleo de Milho
Óleo de Soja
Uma opção benéfica é a banha de porco, embora ainda seja vista por alguns como grande vilã, ela pode sim fazer muito bem para a saúde desde que consumida da maneira certa e com moderação! Ao contrário do que se imagina, a banha de porco atinge a temperatura certa para fritar os alimentos muito mais rápido e, por não ter sofrido processo de industrialização, não contém o grande número de compostos que são tóxicos a saúde, como radicais livres que, como sabemos, podem causar câncer se consumidos por muito tempo.
Já a manteiga ghee – outra opção boa, nada mais é do que o óleo purificado da manteiga, em que são removidos completamente toda a água e os elementos sólidos e toxinas da gordura do leite e lactose. A transformação pela qual o ghee passa faz com que o alimento se torne muito mais saudável – e esse é um dos principais benefícios desta manteiga. O ghee preparado adequadamente apresenta as seguintes qualidades: não contém sal, não contém lactose, não produz fumaça em temperaturas altas, não necessita de refrigeração.
Qual o óleo mais adequado para incorporar na alimentação? Há aqueles que representam os “mocinhos” da saúde, como o óleo de gergelim, o azeite de oliva extra virgem, o óleo de coco (que falamos intensamente na última semana aqui) e o de algodão.
Em contrapartida, grande parte da população ainda recorre aos “vilões” – como o óleo de girassol, milho e de soja ou o que convencionou se chamar de “canola”. Vou esclarecer mais sobre a canola aqui: Este óleo deriva de uma planta chamada “colza”, que é geneticamente modificada sendo o resultado de um cruzamento de várias subespécies de plantas da mesma família.
Canola nada mais é do que uma sigla para “Canadian Oil Low Acid”. Sim, sinto dizer que esta é uma invenção canadense feita em laboratório. Ou seja, o óleo canola nada mais é do que uma produção de um composto híbrido da colza.
A intenção do Canadá foi buscar alternativas saudáveis para as opções poliinsaturadas, como o de soja e milho (ambos transgênicos) e que também fosse menos caro que o azeite. Nestas pesquisas, os cientistas descobriram que o óleo de colza era um monoinsaturado e que já havia sido usado em outros lugares do mundo. Parece que está tudo ok, mas o grande problema é que quase dois terços desses óleos monoinsaturados presentes na colza se trata de ácido erúcico, um ácido extremamente tóxico e com grande associação a problemas no coração (lesões fibróticas)
Por que não está entre as opções? Nem pró, nem contra? Explico: o azeite – que deve ser preferencialmente o extra-virgem (menor acidez) é benéfico, desde que não submetido a altas temperaturas, pois irá oxidar. Para consumi-lo deve se estar à temperatura ambiente, exatamente para que se mantenham suas propriedades. E prefira a embalagem de vidro, não em lata, sendo melhor frascos escuros.
Vale ressaltar que este é ingrediente “cativo” na dieta do Mediterrâneo, reconhecida por suas propriedades em prol da saúde do coração. O azeite é bom, pois abriga antioxidantes naturais, que, por sua vez, derrubam os radicais livres que participam da instalação de placas de gordura nas artérias.
Da banha, vou destinar um post apenas sobre isso amanhã cedo. Adianto que é uma gordura saturada que presta, então podem utilizá-la sem medo.
Para você que levantou a sobrancelha ao ouvir “gordura saturada” – começo esclarecendo brevemente a questão da gordura saturada x insaturada. Quimicamente falando, quando pensamos na estrutura molecular da gordura devemos compreender que trata-se da conexão de glicerol e ácidos graxos (formados por cadeias de carbono ligadas a átomos de hidrogênio). Estes, por sua vez, se dividem em “saturados” e “insaturados”.
Quando o óleo já está saturado, como é o caso da manteiga ghee, da banha, do óleo de coco, este tipo de gordura, quando aquecida, quimicamente não se transforma, pois sua estrutura já está “saturada”. Podemos consumir.
Já óleos insaturados – como os vegetais – a canola, de girassol, de soja e outros; além de serem submetidos aos processos químicos e ingredientes decorrentes de sua produção, quando submetidos a altas temperaturas, sofrem oxidação e se transformam em gorduras trans, estas nocivas ao organismo. Isso sem falar que a soja comercializada é, em sua maioria, transgênica. Canola, como esclareci ontem, é derivada de reações químicas.
Sobre a gordura saturada – por muito tempo ela esteve presente no banco dos réus. Mas, será mesmo que ela é uma vilã para a saúde? Confira aqui