Você tem alguma dúvida de que o café é um estimulante e o maracujá tem propriedades que acalmam? Nenhuma, né? Muitos dos remédios que a gente toma, também, têm como princípio ativo plantas medicinais, mas com nomes estranhos. Você sabia que o Ácido acetilsalicílico é extraído do Salgueiro (Salix alba L.), por exemplo? Então, por que será que tanta gente torce o nariz para produtos fitoterápicos ou olham pra gente com aquele olhar de descrença quando falamos de terapias holísticas e das propriedades curativas de plantas e alimentos?
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Há mais de um século, nos EUA, o sr. John D. Rockefeller, que você deve conhecer como magnata do petróleo, descobriu que poderia ganhar ainda mais dinheiro com todo seu petróleo (ele controlava 90% das refinarias). Como? Patenteando produtos derivados do petróleo que sua empresa vinha descobrindo com o avanço de processos químicos. E esse foi o grande estalo para o magnata. E se mais produtos sintetizados pela indústria pudessem ser patenteados?
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Logo, Rockfeller pensou que a área da saúde poderia ser uma a trazer lucros, mas havia um problema: Na época, os medicamentos naturais eram muito populares por lá. Quase metade dos médicos e faculdades de medicina dos EUA praticavam medicina holística. A solução, então, foi investir rios de dinheiro em instituições para que essas soltassem relatórios desmoralizando a medicina e as faculdades que praticavam esses conhecimentos oriundos dos povos originários. Processo esse que deu origem à “medicina moderna” que conhecemos hoje.
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A partir de então, muitos princípios ativos naturais foram emulados pela indústria farmacêutica para que pudessem ser registrados como propriedade de grandes indústrias e a população ocidental começou a perder o link entre natureza e medicina, entre a floresta e a cura. Ligação essa que nunca poderia ter sido cortada e que, no que depender de mim, voltaremos a acreditar e praticar! Que o alimento seja o nosso remédio!
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Referência: doi.org/10.1016/S0140-6736(13)61013-2