Como a comida pode controlar seu cérebro

Aquele velho ditado “você é o que come” poderia ser atualizado para “você pensa o que come”, a fim de deixar mais clara a relação não só entre comida e corpo mas também, e principalmente, entre comida e mente. A grande realidade é: o que comemos acaba afetando nosso humor, como pensamos, e ao cabo, se somos mais ou menos felizes.
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Por exemplo: Uma meta-análise feita por cientistas da Universidade de Amsterdã, analisando 53 trabalhos científicos, identificou que a falta de fenilalaninas e triptofanos, dois aminoácidos essenciais que obtemos pela alimentação, aumenta o risco de que a pessoa venha a entrar em um estado de depressão.
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E não só a falta de algum alimento afeta nosso cérebro, mas também a ingestão. Por exemplo, o mesmo estudo indicou: o consumo de açúcar altera a bioquímica do cérebro e assim o modo como as nossas sinapses acontecem. Ou ainda: Dietas que abusam do cloreto de sódio puro estão ligadas a um maior risco de doenças neurológicas.
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Nossos ancestrais apenas consumiam frutose (e in natura nos próprios alimentos), ou seja, tinham um acesso limitado ao açúcar, o que programou nosso cérebro para que estocássemos essa fonte energética. Mas hoje em dia, onde o que não faltam são ofertas de açúcar, nosso corpo ainda não entendeu como lidar com essa super exposição e desde os anos 60, quando o consumo de açúcar triplicou, houve uma disparada no número de casos de depressão, que cresceram 18% só na última década.
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A comida pode controlar o nosso cérebro pois manda sinais que ele precisa responder, mas quem controla o que você come, não é o seu cérebro, é você. Assuma a responsabilidade e ressignifique a sua alimentação!
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Referência:

Ultra-Processed Diets Cause Excess Calorie Intake and Weight Gain: An Inpatient Randomized Controlled Trial of Ad Libitum Food Intake. K Hall e outros, 2019