Por muitos anos foi ensinado que o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol como carnes, ovos, bacon ocasionaria danos à saúde do organismo, sobretudo, para o coração. Isso porque seriam responsáveis por elevar os níveis do colesterol no sangue. Mas, será isso mesmo?
O primeiro aspecto necessário a se compreender é que o colesterol é vital para o organismo. Sem ele, não haveria células, estrutura óssea, nada de músculos, hormônios, nada de sistema reprodutivo, de digestão, função cerebral, movimentos, memória. O corpo humano produz colesterol por si, mas também o obtém de fontes externas, no caso, por meio da alimentação, sendo encontrado nos alimentos de origem animal (é uma substância vital para cada criatura viva).
Para se ter uma ideia, diariamente o corpo necessita de algo entre 1.000 e 1.700 mg de colesterol. E, o responsável pela produção da maioria deste colesterol é o fígado, com 75% do total diário. Os outros 25% vem da alimentação.
O organismo naturalmente regula a quantidade de colesterol, assim temos:
* Quando ingerimos mais colesterol dos alimentos, o corpo produz menos.
* Quando o nosso consumo de colesterol é baixo, o corpo faz mais.
Portanto, o colesterol na dieta não tem praticamente nenhum efeito nos níveis de colesterol no sangue. Mas, de onde veio a ideia de que a gordura animal impacta no colesterol do sangue?
Colesterol: desmistificando relações
Vamos desmistificar a relação do colesterol com a gordura saturada e doenças como as cardiovasculares. Há ainda muitos “pré-conceitos” estabelecidos propagados pela indústria alimentícia – sobretudo do açúcar.
Os seres humanos sempre foram carnívoros. Gorduras saturadas estão tão intimamente ligadas à nossa evolução que estão inclusive presentes no leite materno. Não há necessidade de se evitar carne, peixe, ovos e outros alimentos de origem animal por receio do colesterol. Entendam: nosso organismo está geneticamente preparado para sintetizar esses alimentos, mas não para processar produtos como açúcar refinado por ex..
Façamos um breve resgate histórico. Na década de 50 o pesquisador Ancel Keys (Universidade de Minnesota) criou uma teoria de doenças cardíacas, na qual apontou que o colesterol nos alimentos estava associado ao do sangue. Com isto, o governo norte-americano publicou na década de 70 uma recomendação de que uma dieta de baixo teor de gordura poderia reduzir riscos de doença cardíaca. Assim, a mensagem emitida era que a diminuição do consumo de gordura poderia prevenir as doenças do coração, o que isentou o impacto na saúde decorrente do consumo de produtos como açúcar refinado, transferindo a alcunha de “vilão” para a gordura saturada e colesterol.
Em 1957 o pesquisador John Yudkin[1] lançou sua hipótese de que o açúcar era um perigo para a saúde pública, o que contestava a teoria de Keys (e foi endossado por estudos posteriores). Na época o British Sugar Bureau rejeitou as alegações de Yudkin sobre o açúcar como “afirmações emocionais”[2]; A Sugar Research Foundation chamou de “ficção científica”.
Em 13/09/16 estudo publicado no JAMA mostrou que a indústria do açúcar gastou milhões para divulgar massivamente que o consumo do açúcar não prejudicaria a saúde e que a gordura saturada, ou seja, de origem animal, seria a grande vilã. Esta pesquisa – que analisou arquivos da Sugar Research Foundation colocou em xeque esta “conspiração” em prol do açúcar refinado. (confira mais informações na reportagem: “Açúcar – verdade revelada”)
Lado B x Lado A
O que é o colesterol?[3] Trata-se de uma substância produzida pelo fígado que executa e/ou auxilia nas funções do organismo, sendo vital para a produção de hormônios e metabolizar as vitaminas lipossolúveis como vitamina A, D, E e K, entre outras coisas. O colesterol não se dissolve na corrente sanguínea, mas sim, é transportado por meio dela, pelas chamadas lipoproteínas[4] . Há 2 tipos de lipoproteínas: a de baixa densidade – LDL – e de alta densidade – HDL.
Quer compreender o porquê esta questão é passível de gerar distorção quanto ao que é bom ou o que é ruim?! O nome para isso é “Lipoproteína de Baixa Densidade” – “LDL”. Primeiro: Não existe apenas um tipo de LDL, e sim dois! Padrão A (LDL-A) e Padrão B (LDL-B), que referem-se ao tamanho de partículas de colesterol LDL no sangue.
O chamado padrão A ou “grande e flutuante“ – tem partículas maiores deste LDL, leve que flutua pela corrente sanguínea, sem ter possibilidade de se infiltrar entre as células endoteliais dos vasos sanguíneos para sequer iniciar o processo de formação de placa ateromatosa. Já o LDL tipo B é denso, não flutua e é pequeno o suficiente para se infiltrar sob a superfície das células endoteliais e iniciar a formação da placa. Afinal quem destes é o verdadeiro vilão?! Podemos considerar “ruim” de fato o LDL tipo B, que pode ser associado ao risco de doença cardíaca[5] .
Se temos definido quem é quem (HDL e LDL A e B), por que o colesterol sempre foi tarjado com o rótulo “risco à saúde”?! Simples. O que aparece nos exames de sangue de rotina como colesterol medido é o resultado de uma combinação entre o padrão A e o B. Sem especificar. Esta análise do colesterol total pode ser enganosa pois inclui tanto o “bom” colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) como o “mau” – lipoproteína de baixa densidade (LDL). Portanto, se o seu colesterol total está na categoria desejável, é possível que você tenha níveis insalubres de HDL (muito baixo) e LDL (muito alto). Pense no colesterol total como uma avaliação primária, em que não se deve tomar decisões de tratamento com base neste número sozinho[6] .
Para decifrar qual é a produção de cada tipo de LDL deve ser analisado o triglicérides e o HDL colesterol como veremos à seguir.
Relação triglicérides/colesterol
Os Triglicérides é um tipo de gordura (lipídio). Os triglicerídeos e o colesterol são tipos separados de lipídios que circulam no sangue. Enquanto o primeiro é utilizado para armazenar calorias não utilizadas e fornecer ao corpo energia, o colesterol é usado para construir células e determinados hormônios. Ambos não conseguem se dissolver no sangue, então circulam em todo o seu corpo com a ajuda de proteínas que transportam os lipídios (lipoproteínas).
Podem ser adquiridos por meio da alimentação ou produzidos pelo próprio organismo, no fígado. Quando em excesso no sangue, trata-se de hipertrigliceridemia, condição que pode ocasionar, entre outras coisas, obesidade, esteatose hepática (gordura no fígado) e as DOENÇAS CARDIOVASCULARES.
Este aumento de triglicérides decorre do consumo de substâncias como álcool, farinha e açúcar refinados, ou com excesso de frutose (presente também em bebidas alcoólicas e sucos industrializados mas, sobretudo, embutida em produtos como xarope de milho ou maça). A frutose transformada em triglicérides pode aumentar o colesterol ruim. Isso porque a frutose não é utilizada pelo cérebro e tampouco músculos, o único órgão com avidez é o fígado, que a processa em LDL e, com isso, ocasiona altos níveis de LDL (75%) e triglicérides altos. Em contrapartida, o consumo da gordura animal aumenta apenas 25% do LDL e não eleva triglicérides.
Durante muito tempo colesterol foi erroneamente julgado e as gorduras de origem animal taxadas de vilãs. Quando, na verdade, as doenças cardíacas e obesidade são fruto do consumo da farinha refinada, açúcares e alimentos processados. A gordura saturada foi absolvida do banco dos réus [7] .
A relação triglicérides/HDL é de longe o melhor preditor de doença cardiovascular, do que a relação que costuma ser costumeiramente analisada como colesterol/HDL. Esta relação triglicérides/HDL deve ser abaixo de 1,7 – valores superiores significa um risco aumentado.
Para decifrar qual é a produção de cada tipo de LDL, deve ser analisado o triglicérides e o HDL colesterol (conhecido como o bom). Veja um modo simples de saber se você tem muito LDL colesterol:
● Se o seu triglicérides é baixo e o seu HDL é alto, então seu LDL é do tipo bom.
● Se o seu triglicérides é alto e o seu HDL é baixo, então seu LDL é ruim.
Referência nos comentários
Colesterol e Doença Cardíaca
Qual será a relação entre o colesterol e a doença cardíaca? O colesterol é produzido em grande parte (75%) pelo organismo (no fígado, precisamente) e, apenas 25% é proveniente de alimentos. Observe que se o colesterol é oriundo de um processo natural do corpo, que responde pela regulação de funções vitais como metabolismo e, também, de hormônios – será que ele nos faria algum mal?
Convencionou-se chamar generalizadamente o colesterol de “colesterol bom e ruim”. Na verdade devemos compreender que o colesterol em si não se dissolve na corrente sanguínea, mas sim, é transportado por meio dela pelas lipoproteínas[8], que por sua vez se dividem em 2 tipos: a de baixa densidade – LDL – e de alta densidade – HDL. E, no caso da LDL há o chamado Padrão A (LDL-A) e Padrão B (LDL-B), que referem-se ao tamanho de partículas de colesterol LDL no sangue, sendo considerado “ruim” o LDL-B, pelo impacto que pode representar nas artérias e, dai, apresentar algum risco de doença cardiovascular. Dito isso, é equivocado dizer que o colesterol “total” (que não discrimina quem é quem) é causador de doenças cardiovasculares.
Um estudo publicado no BMJ Open[9] em 2016, que avaliou pesquisas observacionais sobre colesterol-LDL em população de idosos verificou que não há ligação com doenças cardíacas. Inclusive, sugeriu que o uso de estatinas seria desnecessário. A análise envolveu aproximadamente 70 mil pessoas e demonstrou não haver conexão mesmo nos casos de mortes prematuras de pessoas com mais de 60 anos com doenças cardiovasculares. Foi possível verificar também que 92% delas com um nível elevado de colesterol viveram mais tempo.
Neste contexto das doenças cardiovasculares uma das maiores distorções cabe à associação destes agravos com o colesterol e gordura saturada de origem animal. Com vimos, estudos apontavam ambos como fontes de risco à saúde do coração. Anos mais tarde, novos estudos e, sobretudo, o artigo do Jama Internal Medicine, desbancaram esta teoria e trouxeram ao centro das discussões o principal vilão: o açúcar.
Açúcar e relação com doenças cardiovasculares
Vamos aprofundar na relação “açúcar e doenças cardiovasculares”. O açúcar – seja ele branco ou na forma de carboidratos refinados, impulsiona o colesterol bom para baixo, faz o triglicérides subir, gera as pequenas partículas de colesterol prejudiciais e pode provocar síndrome metabólica ou pré-diabetes. Essa é a verdadeira causa da maioria dos ataques cardíacos, não colesterol LDL.
Isso explica o porquê de na década de 50, embora com as recomendações para evitar a ingestão de gordura saturada e outras fontes de colesterol alimentares como o ovo – não houve redução nas cardiovasculares. Pelo contrário, os números vêm aumentando ao longo dos anos, sendo a causa número um de mortes no mundo[10].
O colesterol (padrão LDL-B) é apenas um fator de muitos[11] – e nem mesmo o mais importante – que contribui para o risco de doenças cardíacas. Na realidade, a maior fonte de colesterol anormal não é gordura saturada. É açúcar. Este se converte em gordura, sendo um culpado o xarope de milho de alta frutose, presente em refrigerantes, sucos e a maioria dos alimentos processados.
Assim, a preocupação real não é a quantidade de colesterol que você tem, mas o tipo de açúcar e carboidratos refinados em sua dieta que levam à produção de colesterol anormal.
A doença cardiovascular ocorre quando as principais funções corporais vão mal causando inflamação[12] , quando há desequilíbrios no nível de açúcar no sangue e insulina e estresse oxidativo. A inflamação pode surgir a partir de uma má alimentação (muito açúcar e gorduras trans), sedentarismo, estresse, doença autoimune, alergias alimentares, infecções. Todos estes fatores devem ser em caso de inflamação. Juntos, podem ser determinantes no que cabe à “risco de doença cardíaca”. Por isso, recomenda-se que seja feita uma avaliação médica abrangente para analisar o que pode ser um preditivo ou não.
Como vimos anteriormente, este desequilíbrio de açúcar no sangue pode fazer o colesterol bom ir pra baixo, enquanto os triglicérides aumentam, e com isso haver a inflamação e o estresse oxidativo. Por que isso é prejudicial? Com estas mudanças pode ocorrer espessamento do sangue, coagulação e outras disfunções – levando às doenças cardiovasculares.
Colesterol e Ovos
Quando falamos em colesterol e doença cardiovascular muitos remetem o pensamento ao consumo de ovo. Se este tem sido seu caso, vamos rever este conceito. Consumir ovo (inteiro, até a gema) não é considerado fator de risco à saúde do coração.
Um estudo[13] publicado em 2016 verificou que “o consumo de até um ovo por dia pode contribuir para diminuir o risco de AVC e a ingestão diária de ovos não parece estar associada ao risco de doença coronariana”. Outro artigo[14] publicado em 2007 já apontava como resultado não haver relação entre o consumo regular de ovos e o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.
Uma pesquisa de 2015[15] que analisou “ovo x saúde do coração” em pessoas com e sem doença cardiometabólica relata que uma dieta que inclua ovos (mais do que o recomendado usualmente) pode ser usada com segurança como parte de uma alimentação saudável tanto na população em geral quanto para aqueles em alto risco de doença cardiovascular, com doença coronária estabelecida e com DTM2.
Mas, de onde veio o receio de consumir ovos? A American Heart Association em 1968 anunciou uma recomendação de que todos deveriam consumir < de 300 mg de colesterol na dieta por dia e não mais do que 3 ovos inteiros por semana, conforme descreve o artigo “A Reabilitação de 50 anos do Ovo[16]”: “esta recomendação não só impactou significativamente os padrões alimentares da população, mas também resultou no público limitar uma fonte altamente nutritiva e acessível de nutrientes de alta qualidade, incluindo a colina, que foi limitada na dieta da maioria dos indivíduos”.
Após estudos – como estes que compartilhei aqui – que demonstram o valor nutricional do ovo e sua contribuição para o organismo, em 2015 as restrições de colesterol e ovo na dieta foram descartadas pela maioria das agências de promoção à saúde do mundo e recomendadas para serem retiradas das Diretrizes Alimentares direcionadas aos norte-americanos, que agora incluem o seu consumo regular como uma das fontes de proteína na alimentação.
Os ovos têm muitos atributos nutricionais, incluindo antioxidantes, que demonstraram reduzir o estresse oxidativo e a inflamação – que como vimos no post anterior são fatores de risco à saúde do coração.
Conclusão
Como desfecho, trago à reflexão algumas considerações. Um dos pontos interessantes apresentados é o fato de em 1957 o pesquisador John Yudkin – quando lançou sua hipótese de que o açúcar era um perigo para a saúde pública, o que contestava a teoria de Keys (e foi endossado por estudos posteriores), foi rechaçado por grande parte de seus pares; pelo British Sugar Bureau, que rejeitou as alegações considerando-as “afirmações emocionais”; e pela Sugar Research Foundation que chamou de “ficção científica” sua teoria. Agora, anos mais tarde, após diversos estudos, o “jogo virou” – e equivocada mesmo estava a Sugar Research e todos os demais. Pois, como vimos, o vilão da saúde do organismo é o açúcar refinado, e não a gordura saturada ou colesterol.
Este movimento me remete prontamente a uma citação: “Toda a verdade passa por três estágios. No primeiro ela é ridicularizada. No segundo, é rejeitada com violência. No terceiro, é aceita como evidente por si própria. (Arthur Schopenhauer)”.
Muitos me perguntaram sobre como equilibrar o colesterol. Já observamos que 75% é produzido pelo organismo, no fígado e que 25% provem da alimentação. Cuide do que ingere na sua dieta. Afinal, mais do que o que comemos, somos o que absorvemos. Se você está ingerindo açúcar, refrigerantes (que tem xarope de milho, um verdadeiro “gatilho” pra subir triglicérides) seu fígado vai receber estes produtos, que são verdadeiros vilões para a saúde do coração.
Então, para manutenção do colesterol. Evite os embutidos, os industrializados, sobretudo o açúcar. Lembre de fazer atividades físicas e mentais. Não há fórmula mágica. Não se trata do que comer, mas do que devemos manter distantes de nossa mesa. Uma alimentação limpa, que inclui ovos e gordura saturada – como vimos, trará benefícios ao organismo. Pensem nisso!
Conheça a história de Joãozinho e Zezinho
Para fecharmos este conteúdo da Série Especial sobre Colesterol apresento a história do Zezinho e do Joãozinho.
Zezinho leva uma vida sedentária, come congelados, industrializados, fastfood. Consome açúcar e farinha refinados sem moderação. É estressado, tabagista e etilista. Apresenta sobrepeso. Não consegue perdoar e acumula sentimentos negativos.
Joãozinho leva uma vida ativa, se exercita. Mantem uma alimentação sustentada no valor nutricional e evita produtos industrializados. Na sua rotina, açúcar só se for de coco, mascavo, stevia – com moderação; bebe socialmente. Come ovos, usa óleo de coco e manteiga ghee. Segue um estilo lowcarb. Procura controlar o estresse, ter bom sono e exercer a gratidão.
Ambos, com seus 40 anos, vão ao médico pra um exame de rotina.
Zezinho, durante a conversa com o doutor (anamnese), relata seu modo de vida. Pelos exames apresentados é identificado que o colesterol e triglicérides estão altos. Com base nisso, o médico prescreve um remédio para controle do colesterol. Depois de um tempo, Zezinho retorna com os resultados dos novos exames que para alegria de todos, estão melhores! Colesterol bom, mas triglicérides se mantem igual: alto. Zezinho sai do médico e continua com os mesmos hábitos. Será que ele estará garantido pelo tratamento farmacológico? Ou apenas haverá uma “legalidade” para que ele mantenha este ritmo de vida nocivo?
Enquanto refletem, vamos ao Joãozinho. No seu checkup foi verificado um resultado de colesterol alto, tanto quanto de Zezinho. Entretanto, o triglicérides estava baixo. A conduta terapêutica tomada pelo médico foi a mesma de Zezinho.
Com base neste cenário: Será que Joãozinho precisa mesmo do remédio? Negativo. E “Zezinho”? Será mesmo que os riscos foram reduzidos com um triglicérides alto? O que Zezinho precisa é de uma mudança alimentar e de estilo de vida, com suporte de um nutricionista funcional. Afinal, a medicina neste caso está tratando o paciente ou o exame? A saúde ou a doença?
Entendam: é preciso ir além da análise do exame e aprofundar mais no histórico do indivíduo. Busque avaliar seu estilo de vida, ser mais Joãozinho. A saúde de seu organismo, seu colesterol e triglicérides agradecem!