Para abrir os temas da semana começo com um assunto até então inédito em nossas abordagens e que tenho observado com atenção há algum tempo: a síndrome de Burnout. Na tradução livre – o termo “Burnout” significa queimar. Mas, o que de fato significa esta condição, que tanto se assemelha à depressão ou estresse?
Burnout está ligado às atividades laborais (trabalho), que podem gerar um desgaste na saúde física e mental deste indivíduo. Trata-se de quebra total do seu sistema, após estresse prolongado, incontrolável e de fadiga emocional, cognitiva e física.
Há uma gama de sintomas, sendo considerados importantes três grandes grupos: exaustão, alienação de atividades relacionadas ao trabalho e desempenho reduzido. Isto inclui esgotamento emocional, desânimo, cansaço, ausência de energia, e distanciamento do interesse por atividades cotidianas. Os sintomas físicos incluem dor e problemas de estômago ou intestino.
Ironicamente é comum que as únicas pessoas que não reconhecem Burnout sejam aquelas que estão exibindo todos os sintomas, mas continuam se considerando inatingíveis. Enquanto uma das causas é a sobrecarga, o que muitos fazem diante disto é trabalhar ainda mais. Se afundar em trabalho não é a solução para nada. Equilíbrio sim. (em tudo, diga-se)
O que mais há hoje são pessoas que se veem arrastadas dia após dia – sofrendo de desgaste mental e físico, em decorrência de uma vida que não é a que gostariam, em empregos que sugam, sem perspectiva. De fato, todos precisamos trabalhar! Sentir-se produtivo é bom. Mas, há de se avaliar: a que preço?
Procure equilibrar sua alimentação com comidas leves, ricas em nutrientes, que trabalhem em favor do seu intestino, um dos órgãos afetados pelo Burnout. (lembrem-se: o intestino é o segundo cérebro). Nada de se afogar em doces, massas como um refúgio. Pratique atividades físicas, que auxiliaram a reduzir a carga de estresse e extravasar; não leve – em hipótese alguma – trabalho pra cama. Tenha um sonho tranquilo.
A meditação é uma ferramenta que muito auxilia nestes casos de equilíbrio de mente e espírito. Faça algo por você para que saia desta condição! Só você pode dar o passo e, neste caso, não é com mais trabalho. Reduza o ritmo. Você é importante!
Há de se ter cuidado para não se autodiagnosticar, sobretudo, para que não seja erroneamente considerado burnout o que é uma depressão. O primeiro está intimamente ligado ao trabalho, enquanto o segundo pode ter fatores diversos sobre todas as áreas da vida. No burnout, um afastamento, férias ou mudança de trabalho podem “curar” a pessoa, enquanto na depressão não.
>> Criado na década de 1970 pelo psicólogo americano Herbert Freudenberger, o termo “burnout” foi utilizado para descrever as consequências do estresse severo e expectativas elevadas das pessoas em relação à atividades que consistiam de alguma forma em ajudar o próximo e, assim, se sacrificavam por este fim. Médicos e enfermeiros eram os profissionais referenciados quando se falava em Burnout. O tempo passou e hoje pode se dizer que a síndrome pode afetar qualquer pessoa, de donas de casa, a trabalhadores em uma fábrica, em escritórios, grandes ou pequenas empresas, seja qual for o ramo de atuação.
Referências
PubMed Health. Depression: What is burnout?. January 12, 2017. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0072470/> Acessado em 16 de março 2017.