É hora de dar vez as opções à farinha de trigo. Muitos de vocês realmente percebem este perfil da farinha de trigo, que nada contribui para a saúde do organismo, pelo contrário.
A boa notícia é que há opções de melhor qualidade que este produto. Vocês podem optar por introduzir no cardápio a farinha de Amêndoa, de quinoa, linhaça, chia, banana verde, maracujá, arroz, de castanhas e coco, por exemplo.
Agora, embora sejam uma alternativa mais qualificada que a farinha de tribo, é preciso ficar claro que nem por isso devem ser a primeira escolha da família dos carboidratos e devem ser consumidos moderadamente. É como tenho ensinado a vocês. Em tudo se deve encontrar um equilíbrio e, com a alimentação, não é diferente!
Além de consumir com sabedoria estes tipos de farinha, o grande segredo é sempre recorrer aos produtos que tenham como base de origem a natureza, que não tenham sofrido um processo que possa ter corrompido a sua essência. E quando digo isso a vocês, não se trata apenas de perder este ou aquele nutriente – o que é algo já notório de atenção – mas de poder até se tornar tóxico ao organismo.
Convido vocês a explorar este universo das farinhas comigo:
- Farinha de amêndoa: A American Heart Association reconhece que a farinha de amêndoa é alimento saudável para o coração. Como é rica em gorduras monoinsaturadas, auxilia na redução do colesterol, da pressão arterial, e do risco de coágulos sanguíneos. Também contém proteínas, e 35% da recomendação nutricional diária de vitamina E, um agente antirradical livre muito importante. Para evitar sua oxidação, é bom manter congelada ou refrigerada.
- Farinha de quinoa: Pesquisadores do Columbia University’s Celiac Disease Center descobriram que o conteúdo nutricional de dietas sem glúten foi significativamente melhorado pela adição de quinoa para refeições e lanches, elevando o teor de proteínas, ferro, cálcio e fibras. Ela provê todos os aminoácidos essenciais, incluindo o triptofano, que está por trás da sensação de bem-estar, e é rica em ômegas 3 e 6.
- Farinha de linhaça: um estudo publicado no Journal of Clinical Cancer Research aponta que o consumo de linhaça pode diminuir o risco do câncer. Vários outros estudos também mostram que a linhaça é excelente para auxiliar na perda de peso, na redução do colesterol, e dos sintomas da menopausa. Pela presença de ômegas 3 e 6, e por ser rico em fibras, é amplamente recomendável.
- Farinha de chia: um artigo do Reviews on Recent Clinical Trials Journal aborda a eficácia na prevenção de alergias, angina, câncer, problemas coronários, ataque cardíaco, distúrbios endócrinos, hiperlipidemia, hipertensão e AVC. Rica em nutrientes com ação antioxidante e proteínas de fácil digestão, é rica em fibras e tem alto teor de ômega 3.
- Farinha de banana verde: uma publicação no Pacific Health Dialog fala sobre a importância da banana verde para evitar o diabetes e reduzir as taxas de colesterol e riscos cardiovasculares. Tem elevado teor em potássio, que previne doenças coronárias, magnésio, que reduz sintomas de TPM, fibras, que são imprescindíveis na digestão, e vitamina B6, que é fundamental na formação da hemoglobina. Auxilia também na prevenção de doenças inflamatórias intestinais, na manutenção da mucosa intestinal e contribuem com o aumento do bolo fecal, reduzindo o risco de câncer de cólon.
- Farinha de maracujá: um artigo The Natural Products Journal demonstra vários benefícios à saúde. Ajuda na taxa de HDL (colesterol bom), reduz as concentrações de glicose e LDL (colesterol ruim), ajuda a baixar a pressão sanguínea e o peso corporal, inclusive em diabéticos. É fonte de vitaminas e minerais, inclusive a niacina, que age na produção de hormônios, melhora os sintomas da ansiedade e protege as paredes do estômago. Rica em ferro, cálcio e fósforo. Possui uma fibra solúvel chamada pectina, que prolonga a sensação de saciedade e ajuda no controle dos níveis de açúcar no sangue.
- Farinha de arroz: não envolve nenhum processo químico em sua produção, feita apenas pela moagem dos grãos. É uma boa opção saudável para quem quer tirar o glúten da alimentação, pois não contém essa substância. Além disso, também previne doenças do aparelho digestivo e do coração, e por ter baixo índice glicêmico apresenta controle do diabetes.
- Farinha de coco: De acordo com uma publicação do Innovative Food Science & Emerging Technologies, ingerir farinha de côco ajuda a reduzir os riscos de diabetes, de doenças cardíacas, de câncer e auxilia a regular o colesterol. Não contém glúten. Produzida a partir da polpa da fruta. A soma de fibras com gorduras não acumulam no tecido adiposo, é rapidamente metabolizado pelo fígado. É rica em proteína, oferecendo mais saciedade. Aliada ao consumo de uma boa quantidade de água, auxilia no trato intestinal e na de absorção de outros nutrientes e minerais.
Referências
Almond Flour Nutrition Information
Quinoa: Health Benefits, Nutritional Profile
Risk of human ovarian cancer is related to dietary intake of selected nutrients, phytochemicals and food groups.