Há temas que acho fundamental retomarmos de tempos em tempos e um deles é o açúcar, um dos maiores “venenos” da atualidade. Ainda mais hoje, no #DiaMundialDoAlzheimer.
Além de problemas com o peso/obesidade, o consumo excessivo de açúcar está ligado a diabetes, colesterol, alguns tipos de câncer, doenças crônicas como hipertensão e…Alzheimer! Isso mesmo, estudos sobre a demência mais comum do mundo apontam que a resistência à insulina pode ser uma das principais causadoras do acúmulo de toxinas que danificam as conexões entre os neurônios. Assim, podemos descrever a doença de Alzheimer como um tipo de diabetes que ocorre no cérebro.
Quando toxinas se acumulam no cérebro, podem gerar um quadro de demência ao atacarem as conexões entre os neurônios. Ocorre que a insulina, hormônio que, além de regular a glicose no sangue, também atua na proteção dos neurônios e memória, age justamente como um agente para evitar o acúmulo dessas toxinas, surgindo justamente daí a maior predisposição de pessoas com diabetes (que têm baixa resistência à insulina) desenvolverem Alzheimer.
O que o açúcar refinado tem de doce, tem de “veneno”. Ao gerar insuficiência do pâncreas em produzir insulina, seu alto consumo pode acarretar em diabetes (por isso, a importância de se medir insulina nos exames!) e os estudos sugerem que o Diabete Melito é capaz de aumentar o risco do Alzheimer, ao provocar resistência insulínica em áreas do cérebro, como o hipocampo, que são dependentes dela e de seus receptores.
Por isso, o que sempre digo, se comprova mais uma vez: não há segredo para ter mais qualidade de vida e saúde, tampouco pílula mágica. São os hábitos que temos hoje que ditarão o amanhã!
Referências:
doi.org/10.17695/revnevol9n2p60 – 65
doi: 10.3233/JAD-161016
doi.org/10.1590/1980-57642016dn11-020002
doi.org/10.1590/s1980-6574201700si0008