Tenho falado muito sobre os riscos do açúcar refinado, e aquele estudo desmascarando a grande farsa da Indústria – como vocês podem ler inclusive no texto “Verdade Revelada” , apenas atesta que eu não exagero quando bato nessa tecla com tanta insistência! Quando o assunto é açúcar refinado – é Sala 50 tons de Bronca mesmo!
O açúcar branco, refinado é desprovido de nutrientes e está diretamente ligado a doenças cardíacas e diabetes, então não vale a pena sequer cogitar em utilizá-lo. Mas alguns podem me perguntar: e como vou adoçar minhas receitas? Nunca mais vou poder preparar algo doce saboroso? Para felicidade geral da nação, a verdade é: existem, sim, opções saudáveis de açúcar! Preciso dizer que é sem exagero?! Acho que está claro esta máxima, certo?!
Vamos começar pelo Açúcar Mascavo. O processo de fabricação dele é diferente, mantendo a maioria das vitaminas e minerais da cana. Inclusive, a quantidade de nutrientes é maior conforme ele for mais escuro. O melaço da cana ainda está presente, portanto, ele carrega consigo boas quantidades de cálcio, potássio, ferro e magnésio. Entretanto, é importante lembrar que a diferença do valor calórico e de carboidratos não são tão significativas, quando comparadas ao açúcar refinado, por isso recomendo evitar exageros. Para os diabéticos, este controle de consumo também é válido. É possível ingerir o mascavo, desde que sua quantidade seja computada como valor calórico e gramas de carboidrato, pois é igualmente absorvido e eleva a glicemia a patamares similares ao açúcar comum.
Da mesma forma, o Demerara, rico em vitamina B1, B2, B6, cálcio, magnésio, cobre, fósforo e potássio, mantém seu valor nutricional praticamente intacto, uma vez que não carrega aditivos químicos, igual ao açúcar branco refinado. Embora seja rico em nutrientes, é um produto que engorda, pois carrega mais de 300 calorias a cada 100 gramas. É também uma opção de preço mais alto, mas não deixa de ser uma boa alternativa para quem não quer mais açúcar branco e nem adoçantes artificiais. Mas permanece o alerta para o consumo bem moderado aos diabéticos.
O açúcar de coco – que também tanto falamos, é produzido de maneira rústica e sem adição de químicos. O processo de extração é feito a partir das flores da palma de coco, cujo néctar é retirado e aquecido em uma caldeira, transformando-se em um caramelo espesso. Depois disso, é triturado em pequenos cristais, resultando em um açúcar mais grosso e com aspecto amarronzado. Embora tenha a mesma quantidade de calorias do que o açúcar refinado, o índice glicêmico do açúcar de coco é mais baixo, em torno de 35, enquanto do refinado é de 68. Com isso, a liberação de energia no organismo é muito mais lenta, evitando picos de glicose no sangue, então pode ser uma boa opção para diabéticos e não diabéticos também. As chances de acumular gordura corporal diminuem. É também uma fonte natural de vitaminas B1, B2, B3 e B6. Todos podem consumir o açúcar de coco, desde que não tenham nenhuma alergia específica. Só é importante entender que ele irá de qualquer forma agregar carboidratos à dieta, então não pode ser consumido em excesso.
A Stevia também é uma boa alternativa saudável, sendo um dos adoçantes naturais mais utilizados por quem está de dieta, exatamente por não possuir calorias e manter o sabor doce dos alimentos. Também é conhecida como “açúcar verde” e “capim doce”, e leva este nome por ser extraída de uma planta nativa da América do Sul, descoberta em 1905, a “stevia”. Hoje ela tem apresentação para o consumo em forma líquida, comprimido ou em pó. Uma curiosidade é que ela é recomendada para portadores de fenilcetonúria, doença rara e congênita em que a pessoa não tem a capacidade de quebrar moléculas de um aminoácido chamado fenilalanina. E a grande vantagem é que pode ser utilizada por diabéticos com mais tranquilidade.
O mais importante ao incluir um açúcar ou adoçante em sua alimentação é pensar os benefícios e prejuízos que eles podem causar. Pois além dos riscos que o branco refinado oferece, os adoçantes artificiais, como aspartame, sacarina e ciclamato são um verdadeiro veneno. E aqueles muito ricos em frutose, como o agave, acabam sendo uma troca de seis por meia dúzia. Então, procure fazer a opção com maior potencial nutricional e menor perigo à sua saúde.
Hoje quis encampar estes quatro tipos, que são mais acessíveis a todos!
• Ouça a entrevista do Dr. Barakat sobre o estudo do açúcar para a Rádio Agência Nacional!
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