Durante a gravidez, costumamos dizer que a grávida está “comendo por dois”. Justamente por isso é ainda mais importante ter um cuidado especial com a alimentação durante este período tão especial. Uma alimentação repleta em nutrientes, obviamente, baseada em comida de verdade! Mas, o que ocorre quando a alimentação da gestante é repleta de ultraprocessados? Vocês já devem imaginar…Em seu próprio corpo, há o risco aumentado de desenvolver diabetes mellitus gestacional, bem como de haver deficiência de micronutrientes. Além disso, há também a questão do aumento de peso – e, especialmente quando se consome os ultraprocessados no último trimestre da gestação, ocorre um aumento da retenção de peso no pós-parto.
E como a grávida está “comendo por dois”, era de se imaginar que o que a mamãe ingere influencia no desenvolvimento do bebê (inclusive, tenho um post aqui sobre suplementação para quem na gravidez, vejam em #drbarakatgravidez). O consumo de ultraprocessados, então, também pode prejudicar a correta nutrição do bebê, além de aumentar as chances de que a criança desenvolva obesidade no futuro.
Agora, uma revisão de cerca de 170 artigos publicada no mês passado, em dezembro de 2022, concluiu que os aditivos usados nos alimentos ultraprocessados podem atravessar a barreira da placenta, causando alterações no sistema imunológico do bebê. A teoria é que esses aditivos, após atravessarem a placenta, se acumulem no intestino afetando a microbiota dos bebês. Como sabemos, o intestino é o lar da maior parte do nosso sistema imune, por isso, os cientistas acreditam que isso esteja diretamente associado com o desenvolvimento de alergias infantil.
Cada dia mais, os casos de alergia aumentam, assim como de obesidade, diabetes e até condições que afetam a saúde mental. Será uma grande coincidência ou o que comemos tem influenciado nisso? Qual é a opinião de vocês?
Ref: doi.org/10.3389/falgy.2022.1067281