Começamos este ano falando sobre a Destoxificação do organismo. Seguimos esclarecendo sobre açúcares e outros alimentos, bem como pesquisas sobre saúde emocional. E, agora, entramos em estilo de vida alimentar na noite de ontem, ao falarmos sobre a Low Carb. Então, pra quem já me conhece, não poderia deixar de trazer aqui aquele com o qual mais me identifico: Paleolítico.
Da sua definição ao seu papel na prevenção de doenças, vamos compreender quais benefícios da paleolítica, que esclareço aqui é mais do que uma dieta, é um estilo de vida, semelhante ao do “homem das cavernas”. Mas, o que nós, cidadãos da modernidade, dos avanços tecnológicos, temos a ver com isso? Nosso organismo – desde os primórdios – não mudou. O que houve é uma “obscena” oferta de produtos alimentícios Industrializados, os embutidos, as carnes cheias de hormônios de crescimento, corantes, anilantes, e outras substâncias nocivas.
Então, a paleolítica propõem o que existe de mais saudável e equilibrado para o ser humano, e eliminar os “venenos” da alimentação moderna ocidental, que são grandes causadores de doenças diversas.
Nos tempos primitivos, a época conhecida como “Era Paleolítica” era cercada de hábitos extremamente rústicos. A sobrevivência era calcada sobre caça, pesca e extrativismo rudimentar. Pode parecer um tanto “bárbaro”, porém era saudável, pois tinha como base carnes in natura, frutas, raízes e vegetais. Em termos percentuais, podemos pensar assim nossa alimentação: 40% hortaliças, 30% de carnes, peixes e frutos do mar, 20% de frutas e tubérculos e 10% de oleaginosas.
Por ser preciso “correr atrás” da sua subsistência, o homem era extremamente ativo, praticante de atividades físicas (trazendo para os tempos modernos). Então, o estilo Paleo nos ensina (e estimula) a nos exercitarmos, certo?
Cabe ressaltar que a paleo nada tem a ver com perder peso, este nem de longe é seu objetivo, mas sim, uma consequência deste conjunto de atitudes transformadoras que equilibram corpo e mente!
Referências
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