Publicado em 21/10/16
O Kefir nada mais é do que um microorganismo vivo – que se enquadra na linha de probióticos* – ou seja, está enquadro nos amigos do intestino, auxiliando a reestruturar a microbiota e a fortalecer nosso sistema imune! Dito isso, podemos compreender que Kefir é recomendado e integra o time de alimentação saudável e qualidade de vida. Ele contem aproximadamente 35 espécies de probióticos que auxiliam a combater aqueles que fazem mal ao nosso sistema digestivo.
É preciso ressaltar que o Kefir não anula a ingesta de prebióticos*. Devemos compreender que na verdade um complementa o outro. A combinação é exitosa!
Para aqueles interessados em aderir ao Kefir a primeira coisa a saber é que ele se apresenta na forma de grãos – por isso também é conhecido como ‘grãos do profeta”, e por serem organismos vivos, precisam ser cultivados. Em uma pesquisa descobri que o Kefir tem mais de 4 mil anos, ao que se tem registro.
Há hoje muitas pessoas que doam grãos de Kefir para as outras. Há um site que reúne cultivadores de todo o Brasil: http://www.probioticosbrasil.com.br/ (particularmente não utilizei, então me digam caso o tenham feito o que acharam!)
Tem aparência de uma massa branca e gelatinosa, composta por proteínas, lipídeos e mucopolissacarídeo solúvel (kefiran). Pode se comer estes “grãos”, mas geralmente guarda-los faz durar longos períodos. Um punhado de grãos rende diversas doses da bebida. Uma outra vantagem da ingesta deste probiótico é que ele tem bactérias que os iogurtes convencionados com qualidades “probióticas” não contêm, exatamente por ser natural. Entre elas, estão lactobacillus caucasus, leuconostoc e espécies de acetobacter e streptococcus, além de algumas leveduras benéficas, como saccharomyces kefir e torula kefir, que dominam, controlam e eliminam as leveduras prejudiciais presentes no organismo.
Como obter Kefir?
Há diversas fontes para se obter o Kefir. Uma delas é o leite. Pode ser de vaca, de coco feito em casa, de arroz – e outras fontes de “leite”. Dai você ouve leite e me pergunta: mas o sr. recomenda um derivado de leite? Neste caso sim. O processo de fermentação gerado pelos grãos eliminará a lactose, o que o torna possível de ser ingerido inclusive, por aqueles que têm intolerância a ela.
Há também o Kefir fermentado com água– e açúcar mascavo. Uma delicia! 😉
Neste vídeo do Dr. Lair Ribeiro você aprende a preparar o seu, direto da sua casa. Ele, inclusive, ensina o fermentado no leite de coco: https://goo.gl/XMgAWf//
Benefícios
Ele é rico em gordura saturada boa, que é rapidamente digerida e transformada em energia. Tem vitamina C, B1, B3, B5 e B6, sais minerais essenciais como cálcio, selênio, magnésio, fósforo, ferro, potássio, cobre, zinco e manganês e ainda proteína, arginina e ácido láurico. Este ácido, presente no leite de coco, garante propriedade antiviral, antifúngica, antibacteriana, digestiva, imunoestimulante e antioxidante. Age, ainda, contribuindo para regular os hormônios da tireoide e acelerar o metabolismo.
O triptofano, um dos aminoácidos essenciais e muito presente no Kefir, atua beneficamente no sistema nervoso. O kefir também sintetiza vitaminas do complexo B, ativa o sistema imunológico, equilibra a flora intestinal e a regula, além de ter um efeito de “limpeza” no corpo todo, diminuir o risco de contrair câncer especialmente de cólon, e reduzir o colesterol ruim.
Realmente, seus benefícios são inúmeros para o organismo. Há um deles que quero evidenciar e é pouco conhecido. Por reestruturar e trazer equilíbrio a microbiota (flora intestinal), o Kefir ajuda a evitar o surgimento de Streptococcus, uma bactéria que coloca em risco de vida aos bebês recém-nascidos e gerar infecções graves nas gestantes. Streptos é inclusive um impeditivo para aquelas mães que almejam ter um parto normal, humanizado!
Probióticos e Prebióticos: como podem ajudar?
Venho falando sobre a importância das funções digestivas e existem alguns detalhes que são cruciais quando se fala sobre flora intestinal. Precisamos entender que o nosso trato gastrointestinal é estéril quando nascemos, mas que rapidamente desenvolvemos a microflora intestinal.
As características dela podem variar de acordo com o tipo de parto, da alimentação da criança, de uso de antibióticos, de dieta e de idade. Mas é essencial a todos para que a proteção das paredes intestinais esteja em ótimas condições. Nesse sentido, os prebióticos e probióticos trabalham para aumentar o número de bactérias benéficas ao nosso organismo, então é imprescindível manter elevados os níveis desses nutrientes em nosso corpo.
Probióticos
Entender um pouco mais sobre o poder dos probióticos para os intestinos e para essa microbiota, que pode voltar ao normal e assim, ajudar no processo de regulamento que, consequentemente, melhora até o nosso trânsito intestinal!
Pode parecer estranho à primeira vista, mas os tais probióticos nada mais são do que “suplementos alimentares” ricos em microrganismos vivos que são extremamente benéficos à nossa microbiota do sistema digestivo. Eles normalmente são indicados para tratar e prevenir doenças ligadas ao intestino, mas incluí-los na sua dieta com certeza não é uma má ideia (principalmente levando em conta os diversos comentários que recebi no primeiro post da semana! Se você está com o seu funcionamento prejudicado, invista nestes alimentos!). Um exemplo é o Kefir – que falaremos na sexta-feira.
Prebióticos
Quem procura uma dieta rica em prebioticos, os frutoologosacarídeos (FOS) e a inulina são a resposta. Os FOS são obtidos a partir da hidrólise da inulina, e estão presentes em alimentos de origem vegetal, como cebolas, alhos, tomates, bananas, cevadas, aveias, trigos e mel. Já a inulina, que é um polímero de glicose extraído principalmente da raiz da chicória, se encontra também no alho, cebola, aspargos e alcachofra. Além disso, a inulina extraída da chicória é produzida comercialmente e pode ser consumida como substituto do açúcar, por conter de 1 a 2 kcal/g e também é encontrada no alho-porró representando cerca de 18-60% da matéria seca. O FOS pode ser encontrado em quantidades expressivas em alimentos como banana, raízes de almeirão, beterraba e na raiz de yacon, além dos já citados.
Existem também produtos enriquecidos com fibras prebióticas, como alguns suplementos, além da fibra isolada que pode ser adicionada às preparações ou diluída em água. Para conhecer o teor das fibras dos produtos que você consome, consulte sempre as informações contidas nos rótulos!