Quando falamos em consumo de leite, vamos parar e analisar: de qual leite estamos exatamente falando?! Não devemos acreditar em rótulos de alimentos industrializados, especialmente no que diz respeito ao leite e derivados! Nossas bisavós tomavam leite de vaca de verdade porque muitas tinham o animal no quintal.
Diante desta herança de nossos antepassados, muitos perguntam se é possível optar pelo leite de vaca. Depende de como este animal é cuidado. Os anos se passaram e, infelizmente, o leite está muito longe de ser saudável. As vacas leiteiras recebem diariamente hormônios de crescimento e de simulação de gravidez para aumentar a produção de leite, bem como antibióticos para diminuir infecções provocadas pelos mais variados mecanismos e químicos a que estão expostas. Nada pior do que contaminar o próprio leite com esses materiais! Se você é do tipo que acredita que é o que come, pense no que está consumindo! Realmente, apenas nossas bisas e tataravós é que tomavam leite de verdade, você toma um produto industrializado. O leite in natura, diretamente da vaca, tem pouca lactose.
Outro fato: surpreendentemente o corpo humano é incapaz de absorver o cálcio do leite da vaca e também ficou provado que o leite pode aumentar as perdas de cálcio nos ossos. O leite aumenta a acidez do pH do corpo humano que por seu lado desencadeia uma correção biológica natural. O cálcio é um excelente neutralizador de acidez e o maior armazém de cálcio do corpo é exatamente o esqueleto. Assim, o mesmo cálcio que os nossos ossos necessitam para se manterem fortes e saudáveis vai ser usado para neutralizar a acidez provocada pela ingestão do leite. Uma vez expedido dos ossos para equilibrar o pH, o cálcio é expelido pela urina causando um efeito surpreendentemente contrário ao que é ‘vendido’ pelas indústrias leiteiras.
Sempre defendo que quanto mais for possível, você busque comprar sua comida na quitanda, na feira, no açougue, na granja. Isso porque 90% de produtos alimentícios vendidos no supermercado são “para desembrulhar”, são industrializados, processados. E, nesse processo, o alimento deixa de ser natural, perde suas propriedades nutritivas, passa por uma série de máquinas, recebe vários aditivos químicos, conservantes e vai para uma embalagem que é cancerígena, circulando horas sob o sol. Além disso, há um prazo para consumi-lo em até seis meses
Agora, adiantando os anos à frente, o que observamos ao redor, no grande comércio? No recorte ao leite, hoje, a indústria farmacêutica tem até a lactase para vender. É como vender um antídoto para anular a ação de um veneno, no caso, a lactose.
Quando temos um leite comum e tiramos a gordura, sobra apenas uma água ruim, sem sabor. Daí, a Indústria acrescenta a enzima lactase para conferir sabor. Isso faz com que haja nesse produto uma dose muito mais alta de lactose, que é o açúcar do leite. A caseína é a proteína do leite e a gordura do leite é a manteiga. O que não presta no leite é a lactose. O queijo nada mais é do que a fermentação do leite, ou seja, possui lactose. Por isso, deve ser consumido com moderação. Queijos de cabra e búfala tem menor teor de lactose. Queijos mais maturados e curados têm menos lactose. Comer um pouco de lascas de queijo na preparação de um prato, como na cobertura de uma quiche ou numa salada, não há problemas.
Além disso, existe a questão da alergia ou intolerância à lactose. O alérgico ao leite não processa a caseína, a proteína do leite. Intolerância ao leite é a dificuldade de processar a lactose. Como o consumo de leite e derivados na nossa sociedade é muito grande, o organismo pode ter esgotamento da enzima lactase, que realiza a síntese da lactose. Dessa forma, para quem aprecia os derivados, como queijos e iogurtes, é recomendado abrir mão do consumo do leite puro para existir uma reserva de enzimas para esses derivados.
Mas não podemos ignorar os riscos que essa lactose oferece à saúde, como câncer de mama e de próstata. Não espere que a grande mídia, que é o quarto poder, financiado pela Indústria, se preocupe realmente com sua saúde. Ela cria uma demanda, a indústria atende e ambos se retroalimentam. Por exemplo, não adianta o paciente tomar estatina e conseguir baixar o LDL para 60 e colesterol total para 130, se continua sendo tabagista, sedentário, usuário de álcool e drogas. Ele ainda estará no grupo de risco. O exame melhorou, mas o paciente não! A medicina tradicional de hoje trata somente doença e não o indivíduo, olha só exame e não o paciente.
Se você é destes que pensam: “ah, mas para aqueles com intolerância há o ‘lac-free’” – vamos esclarecer isso: uma série de leites de caixinha de todos os tipos, inclusive aqueles que se dizem “lac-free”. Primeiramente quero dizer que não existe leite totalmente sem lactose! O que existe é algum tipo de leite semidesnatado, em que ocorre a adição de enzima lactase que, por algumas manobras burocráticas, acaba conseguindo o rótulo de “lac-free”.
Vamos atentar – há tantos líquidos para se beber. Se você decide consumir o leite, seja assumindo que é porque de alguma forma “gosta”, mas não porque precisa, ou é bom para sua saúde! Sem mimimi, é hora de dar um chega pra lá na “bebida mugida” – como costumo dizer nos Snaps com as estrelinhas!
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