A creatina é um suplemento frequentemente utilizado para melhorar o desempenho esportivo e a recuperação após a prática de exercício, mas também é um composto neuroprotetor com potencial para tratar uma ampla gama de doenças do Sistema Nervoso Central (SNC) , incluindo a depressão.
O cérebro possui uma alta demanda energética, já que utiliza cerca de 20% do oxigênio do corpo e o SNC tem, em média, 86 bilhões de neurônios (no cérebro e na medula espinhal), gerando um custo metabólico substancial, daí, então, surgiu a teoria de que a creatina poderia beneficiá-lo.
Estudos pré-clínicos realizados em animais e estudos clínicos com indivíduos depressivos identificaram alterações nos níveis cerebrais de creatina ou fosfocreatina e na atividade da creatina quinase. E numa pesquisa publicada em 2019, os cientistas destacaram o envolvimento de diversas vias de sinalização e mecanismos neurobiológicos no efeito antidepressivo da creatina, além de mencionarem que a creatina pode também influenciar alguns aspectos da neuroplasticidade, de forma semelhante à cetamina, contribuindo assim para o seu possível efeito antidepressivo rápido.
Desta forma, os achados científicos sugerem que a creatina pode ajudar a melhorar os níveis de energia celular e a função cerebral, o que pode ter um impacto positivo no humor e na saúde mental. Além disso, a creatina pode ajudar a reduzir os níveis de inflamação no cérebro, que têm sido associados à depressão.
Embora mais estudos sejam necessários para confirmar esses benefícios e determinar a dose ideal, os resultados preliminares são promissores e sugerem que a creatina pode ser uma adição potencialmente útil ao arsenal de tratamentos para a depressão!
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Ref.: www.doi.org/10.1016/j.pnpbp.2018.08.029