Hoje é o #DiaDoTrigo, um alimento ancestral, mas que hoje é alvo de polêmica devido ao glúten.
E o que é que mudou de antigamente para os tempos atuais? Bem, o pão, por exemplo, antes era fermentado naturalmente (e após a ação dos fermentos naturais, as bactérias destruíam parte da estrutura do glúten, tornando o alimento mais facilmente digestível), enquanto hj utiliza-se fermento industrializado para ser mais rápido. Ou seja, antigamente, o preparo da massa seja do pão ou do macarrão era feito em casa, levando dias e, por isso, no passado não se ingeria tanto glúten e com tanta frequência.
Além disso, o glúten de hoje não é o mesmo de antigamente, já que as mudanças que foram feitas ao longo de milhares de anos (buscando mais produtividade por meio de diversos cruzamentos de grãos) fizeram com que a planta sofresse modificações que tornam o trigo que consumimos hj mto diferente daquele que nossos antepassados ingeriam. Criou-se um grão que possui concentrações de glúten mto maiores e o pior: ele está em boa parte dos alimentos industrializados, fazendo com que a ingestão desse excesso de glúten se multiplique ainda mais.
Assim, uma pequena parte da população mundial sofre com uma alergia a ele (doença celíaca, que atinge 1% das pessoas e causa diversos danos), mas o que muitos não entendem é que a outra parte não está livre dos problemas do glúten, já que ele pode levar à permeabilidade intestinal contribuindo para que ocorra, de maneira individual e variada, sensibilidade não-celíaca, com sintomas como gases, dermatites atópicas, enxaquecas, fadiga, alteração na composição das fezes, estufamento. Vejo muitas pessoas não entendendo o problema do glúten, sendo que a razão é a fermentação não-natural (que mantém intactas as proteínas e dificulta a digestão) e a oferta exacerbada desta proteína em tantos alimentos.
Por isso, há duas opções: você pode retirá-lo da sua alimentação (e notar se há melhora em sua saúde) ou optar, preferencialmente, por produtos de fermentação natural. Saiba mais sobre o tema nos meus destaques “Glúten/leite” e na hashtag #drbarakatautoimune!