Fonte de energia, o amido resistente está presente em vários alimentos, como banana-verde e sua biomassa, banana da terra, fécula de batata, arroz vermelho, batata crua, castanhas de caju e legumes. Fonte natural de energia, este homopolissacarídeo é um carboidrato de reserva energética que é absorvido em forma de glicose no intestino. O amido resistente é a parte do amido que não foi totalmente digerida e chega até o cólon, sendo convertido em ácidos graxos de cadeia curta.
Se por um lado o amido resistente está presente naturalmente em alimentos como os que citei anteriormente, por outro ele também é um dos principais insumos da indústria alimentícia, passando por diversos processos que acabam tornando o amido de milho, por exemplo, um alimento processado feito apenas de carboidratos, sem fibras, minerais ou vitaminas (sem contar o processo de extração que pode envolver produtos químicos). Entendam: o carbo de forma natural nunca foi danoso, mas a forma como a indústria o produz, sim, pode inflamar seu organismo.
Chamados de “amidos modificados”, os amidos de milho, trigo e batata são processados e utilizados pela indústria alimentícia como espessantes e ligantes. Eles estão presentes em balas de gomas, em pães, bolos, sopas instantâneas, molhos, sorvetes, salgadinhos, iogurtes entre outros produtos. Ou seja, está em abundância nos produtos alimentícios e daí o perigo: quando a alimentação é baseada em alimentos ultraprocessados, com uma oferta abusiva, o indivíduo acaba ingerindo uma quantidade muito grande de amido modificado, que tende a conter maltodextrina (associada ao aumento de peso e alergias) e glutamato monossódico (associado a náuseas e dores de cabeça, dentre outros sintomas). Além disso, essas substâncias tb podem influenciar na saúde do intestino, causando permeabilidade intestinal.
Por isso, quando o assunto for amido, evite os amidos modificados (ultraprocessados) e opte pelos amidos resistentes!