Antes de mais nada, quero lembrar que a melhor vacina é o que falo há mais de 10 anos a vcs: cuidar do corpo, mente e espírito, criando um sistema imunológico forte por meio de um estilo de vida baseado em hábitos saudáveis. Mas, já que o tema da vez é vacina contra o coronavírus, vamos lá!
De acordo com a OMS, são mais de 166 pesquisas em desenvolvimento. Ao menos 30 estão em fase de testes clínicos, mas apenas 6 na última fase (Fase 3, testes em humanos). Destas, 4 estão sendo testadas no Brasil: a de Oxford, a da Sinovac, a da BioNTech/Pfizer e a do grupo Johnson & Johnson.
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Por que isso?
O fato de sermos um dos epicentros atuais da pandemia (e termos proporções continentais) é propício para os testes – além, é claro, da questão de termos tanta gente se voluntariando para participar das pesquisas. Isso se deve, também, pelo histórico brasileiro. Nosso país possui um dos melhores programas de vacinação do mundo, o que torna não apenas a população familiarizada com o processo como também garante experiência por parte de colaborações público-privadas para a produção de vacinas. Nossos centros de pesquisa, como Bio-Manguinhos e Instituto Butantan, podem não só realizar estudos, como receber tecnologia para a produzir as doses.
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Sobre as vacinas:
A ideia da vacina é fazer com que o corpo entre em contato com um microorganismo de forma segura, desenvolvendo anticorpos para lutar contra o vírus. O sequenciamento genético permitiu mapear informações e assim identificar uma molécula que provoque a resposta no sistema imune (no caso do coronavírus, a proteína S – estrutura que o vírus usa para invadir as células e que também provoca resposta das defesas do nosso organismo).
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A vacina de Oxford tenta neutralizar a ação que o coronavírus causa a partir da proteína S através de um adenovírus (grupo de vírus que normalmente causam doenças respiratórias) de chimpanzé, que recebeu a proteína clonada. Ou seja, usa uma versão mais branda de um vírus que causa uma gripe comum entre os chimpanzés, modificando-o para que não cause infecções em humanos e possibilite desenvolver o sistema imunológico do nosso organismo.
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Já a da Johnson & Johnson usa adenovírus humano e tem a vantagem de ter conseguido imunidade a partir de uma única dose.
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Na busca dessa resposta imunológica, a vacina da Sinovac usa o próprio vírus inativado (uma técnica comum nas vacinas contra a gripe e a raiva, ou seja, que já dominamos – tanto é que, segundo a infecto responsável pelo Inst. Butatã, já teríamos condições de produzir em grande escala). No entanto, este tipo precisa de duas doses.
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Por fim, temos também a vacina da BioNTech/Pfizer, que está testando a vacina de RNA mensageiro (mRNA) – uma tecnologia que nunca foi usada nas vacinas atualmente licenciadas (nesse ponto, levanto minhas dúvidas por ser uma técnica nova que consiste em mutação genética, por isso, precisamos de cautela).
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Enfim, tem muita coisa acontecendo, em tempo recorde, inclusive! Vamos torcer para que as previsões otimistas de termos uma vacina eficaz e segura disponível ainda este ano se concretizem!