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Infância: cuidado com ambientes poluídos

Cuidar para que a criança possa ter acesso a um ambiente seguro, digno e saudável é fundamental no processo de desenvolvimento infantil. Em um relatório inédito emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na manhã de hoje, dia 6 de março, intitulado “Herdar um Mundo Sustentável: Atlas sobre Saúde da Criança e Meio Ambiente”, a instituição revela que uma grande parte das causas mais comuns de morte entre crianças de 1 mês a 5 anos de idade são diarreia, malária e pneumonia. “Um ambiente poluído pode ser mortal – particularmente para crianças pequenas”, avalia Margaret Chan, diretora-geral da OMS. Segundo ela, devido a seu sistema imune vulnerável na infância, as crianças são mais suscetíveis a toxicidade presente no ar e na água, por exemplo.

Engana-se quem pensa que este cenário se restringe a países com baixo desenvolvimento e em situações extremamente precárias. Sim, saneamento básico é um fator de impacto nestes indicadores, mas há outros agravantes aos quais as crianças têm sido submetidas e que podem causar danos severos à saúde.

De acordo com o comunicado da OMS as exposições nocivas podem começar já no útero da mãe e aumentar o risco de nascimento prematuro. Além disso, quando crianças são expostas à poluição do ar e fumo passivo, o que faz com que haja risco aumentado de pneumonia na infância e de desenvolver doenças respiratórias crônicas, como a asma, na fase adulta. A exposição à poluição atmosférica pode também aumentar o seu risco ao longo da vida de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e câncer.

“Chamo a atenção para o apontamento da Organização em relação ao perigo de expor a criança a produtos químicos nocivos – presentes em alimentos, na água e no ar. Entre eles, estão fluoreto, chumbo (presente em tintas), mercúrio, pesticidas e outros. Ainda há quem duvide dos malefícios de estabelecer uma alimentação na infância baseada em industrializados, embutidos e congelados. Sempre alerto aqui que é de pequeno que se deve cultivar bons hábitos e que, sobretudo, nós, adultos – pais e/ou responsáveis, somos os sentinelas das crianças. Além de sermos exemplos, não se deve submeter uma criança à fumaça do tabaco, a ambientes insalubres que possam causar danos severos e comprometer sua dignidade e qualidade de vida. Sinto por ainda haver muitas crianças que vivem em situação de risco extremo. Portanto, se você tem as ferramentas para lutar em favor da saúde na infância, faça o que estiver ao seu alcance. Começa em casa, com os seus!”, afirma Dr. Barakat.

Confiram o link de acesso ao material oficial publicado no site da World Health Organization (WHO) e a reportagem da BBC Brasil

BBC Brasil: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39170526

Material divulgação WHO: http://www.who.int/…/releases/2017/pollution-child-death/en/

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