Descascar ou desembalar – eis a questão. Sem dúvida, as facilidades oferecidas pela indústria para a mulher e o homem modernos são inúmeras. Com promessas que se estendem desde praticidade e rapidez para servir um simples jantar até a certeza de que os sabores de alimentos prontos para consumo se assemelham aos da comida caseira, a Indústria ganhou adeptos em todo o mundo, em especial, na sociedade ocidental. Neste cenário é notório que desembalar tornou-se a prática número 1 da população.
Na contrapartida, o mundo adoeceu. Como pudemos ver nestes dois últimos documentários que sugeri o “Food Matters” e o “The Human Experiment” – com a “praticidade” de desembalar os produtos alimentícios, vieram também doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, câncer. São inúmeros alimentos industrializados, embutidos e refinados – com corantes artificiais, altos índices de açúcares e farinhas, sem falar nos refrigerantes extremamente ácidos – como os de cola, entre outras substâncias prejudiciais a nossa saúde. Até as frutas e verduras podem estar contaminadas com agrotóxicos.
Isso comprova que o que comemos interfere diretamente no funcionamento de nosso organismo. Vejam a Nutrigenômica. Ela aponta que alguns nutrientes, através de mecanismos epigenéticos, são capazes de “ligar” e de “desligar” diversos genes relacionados a doenças e aos processos de envelhecimento. Um bom exemplo é o brócolis, conhecido por ser um alimento rico em nutrientes importantes. O brócolis possui uma molécula específica, sulforafano, capaz de inibir a expressão de genes ligados ao processo de desenvolvimento do câncer. Também existe os ácidos graxos polinsaturados como o ômega 3, encontrado no salmão, castanhas, etc. Esse macronutriente é responsável por ativar genes que protegem contra doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. Por outro lado, alimentos processados podem conter diversos aditivos e substancias químicas que estimulam a ativação de genes relacionados a muitas doenças crônicas. (leia mais em Nutrigenômica – o que é)
A obesidade, por exemplo, está no topo das preocupações e é ligada à diabetes. É uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associado a problemas de saúde com o consumo excessivo de calorias e a diminuição no gasto energético, que devem ser alterados para o controle da doença. Diminuir o consumo de calorias descontroladamente é fundamental, assim como a prática de exercícios físico regular para evitar tanto a obesidade, quanto a diabetes.
O colesterol alto também é fruto de alimentação inadequada, característica dessa pressa atual, pois está ligada ao consumo excessivo de alimentos gordurosos, industrializados e ricos em gorduras trans, podendo trazer sérias consequências para quem sofre disso. Uma alimentação equilibrada, evitando toda essa gordura e introduzindo alimentos ricos em fibras pode melhorar muito a situação, em conjunto com a prática diária de exercícios.
A hipertensão pode muito bem compactuar com o colesterol alto e a obesidade, pois também está ligada ao consumo de alimentos ricos em gordura, além do excesso de álcool, sal e tabagismo. Sendo ambas as doenças um inicio para problemas cardiovasculares, evitar consumir esses alimentos é uma resposta eficaz para que nada disso ocorra.
E o mal do século que está ligado ao estresse e ao mal consumo de alimentos? A gastrite acomete boa parte da população, como uma inflamação na mucosa do estômago que pode ser aguda ou crônica. Ela acontecerá se você estiver com níveis elevados de estresse, realizar poucas refeições durante o dia e se o intervalo entre elas for grande. Veja, o que é indicado nessa situação seria justamente fracionar as alimentações em mais vezes durante o dia com menores quantidades, além de evitar alimentos que irritem a mucosa intestinal como frituras, doces, bebidas à base de cafeínas, gaseificadas e alcoólicas. Ou seja, se você se alimenta inadequadamente, não adianta querer ir atrás de soluções mirabolantes! Se alimentar bem é fundamental para a nossa saúde, pense nisso.
Por isso, desembrulhe menos e descasque mais! De preferência por comida de verdade. Descasque legumes, frutas, sementes. De lugar a um prato que seja colorido, com variedade de nutrientes, mas, sobretudo, qualidade nutricional. Quando compreendermos que o alimento é o real medicamento, ficará claro que o custo que pagamos por desembrulhar produtos alimentícios provenientes da Matrix é alto demais. Alguns pagam com a saúde e, até mesmo, com a vida. Tudo que precisamos está na natureza!
No Desafio 30 dias, que lancei há algum tempo, você poderá ter acesso a uma lista de alimentos propostos para serem inseridos no cardápio em lugar de industrializados. Vejam no blog! Clique aqui
Alimentos e Ph
Além disso, os produtos industrializados possuem carga grande de processos químicos e se comportam como ácidos, e muitos desses alimentos reduzem o Ph, o que torna o organismo mais ácido. Quer ver um exemplo? 500 ml de coca zero equivalem a um Ph de 2,2. São necessários mais de 30 copos de água alcalinizada para equilibrar o organismo após a ingestão de apenas uma lata! Entendeu o conceito? Se alimentar de produtos ácidos, só torna o meio pior para ser equilibrado novamente, então se você não faz isso com as suas refeições, comece a pensar em certos fatores que ajudam neste processo! Para quem quiser saber o que excluir em termos de produtos ácidos, dê uma olhada na tabela que disponibilizo em meu Blog e entenda quais são os alimentos mais alcalinos que consumimos e que tornam nosso Ph Corporal mais ácido: http://ow.ly/VFBqO
Espero que tenha ficado mais claro que o risco mesmo está nos supermercados com todas aquelas embalagens coloridas, com promoções que saltam aos olhos, dizendo “baixa caloria”, “sem açúcar”, “sem lactose”, “sem glúten”, etc. Parem de cair nessas armadilhas.
Esse post serve como um ensejo, haja visto que a incidência de doenças como diabetes nos últimos anos aumentou demasiadamente, devido a esse hábito de consumir alimentos industrializados e processados, congelados e de alto índice glicêmico. Esses alimentos prontos não têm nada de saudável. Fuja deles! Querem ter uma vida saudável? Consuma os alimentos orgânicos, lave-os, cozinhe-os. Faça seu próprio alimento. Isso vai melhorar sua saúde, prevenindo doenças e seus gastos vão diminuir muito, além de melhorar a sua qualidade de vida.