29.09 – Dia Mundial do Coração: a saúde do órgão em nossas mãos

Hoje é o dia Mundial do Coração! E o seu, vai bem? Muita gente não entende que as escolhas que fazemos sobre o nosso estilo de vida hoje vão refletir na saúde de nosso organismo futuramente. As doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil, tem como causas principais o tabagismo, o consumo abusivo de álcool, a inatividade física e o consumo de alimentos com alto teor de gordura e densidade energética. Os dados do IBGE mostram que em 2013, cerca de seis milhões de brasileiros tiveram algum diagnóstico médico de alguma doença cardíaca! Curioso é observar que tanto as áreas urbanas, quanto as regiões mais industrializadas – o centro-sul do País, basicamente – concentram um maior número de doentes do coração.

Isso é um sinal dos tempos… Quando eu falo do estilo de vida paleolítico, não é por acaso. Os brasileiros que vivem em regiões mais rurais, com estilo de vida considerado mais “arcaico” têm, numericamente, o seu sistema cardiovascular mais saudável! Não podemos ignorar essa estatística! E nem podemos pensar que isso é irreversível. Se pensarmos no que aconteceu na Finlândia, vemos como simples mudanças de hábitos podem mudar uma nação. Na década de 1970, determinada região daquele país onde moravam 180 mil pessoas, registou até mil infartos por ano, sendo que metade das vítimas eram homens com idade inferior a 65 anos, e 40% eram casos fatais. E isso ocorria mesmo com a maior parte da mão de obra masculina em trabalhos em madeireiras ou fazendas, ou seja, não eram sedentários!

O pós-guerra mudou os hábitos alimentares daquela população. Após 1945, celebraram a vitória na guerra com leite cremoso, carnes gordas em excesso, muito sal e cigarros, pois alguns produtos ficaram escassos por muito tempo. E os vegetais e outros itens saudáveis foram quase abolidos do cardápio. Um cientista social chamado Pekka Puska assumiu a diretoria do Instituto Nacional de Saúde Pública daquele país, e passou a promover uma mudança de filosofia de vida. Políticos e professores passaram a atuar com grupos comunitários e com os meios de comunicação, com mensagens de mudança. Foram desenvolvidas campanhas práticas que incentivaram o povo a reduzir o consumo dos alimentos mais perigosos e inserindo novamente pratos com vegetais nas mesas. Com medidas aparentemente tão simples, a taxa de mortalidade por doenças cardíacas na população masculina de 30 a 64 anos caiu 65% na Finlândia de 1970 a 1995, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).  E até mesmo em relação ao câncer e à saúde geral da população, também houve mudanças consideráveis.

Essa é uma prova prática daquilo que eu digo repetidamente: o estilo de vida que adotamos é que determina se teremos um organismo saudável. E nós vivemos em um País em que a natureza, a geografia e condições climáticas são favoráveis, não tem desculpas!  Então, não desista da sua própria saúde! É questão de mudança de hábitos. Comece pela alimentação, que é um dos grandes responsáveis pela saúde do coração. Evite alimentos industrializados, açúcares e carboidratos em geral. Prefira alimentos in natura: vegetais, carnes, boas gorduras. Mais tarde, detalharei um pouco mais sobre alimentos do bem, que ajudam a ter uma função cardiovascular mais saudável. Elimine o cigarro, que é um destruidor, como já falei em meu blog anteriormente: http://bit.ly/2bVvvJx . Pratique atividades físicas regulares, o que vai fortalecer todo seu corpo, inclusive o cardiorrespiratório. Busque ter uma boa qualidade de sono. Encontre tempo para lazer e atividades lúdicas. E fuja de situações de estresse, controlando seu emocional com meditação e respiração. Cuidar da saúde do coração é cuidar do futuro, então porque não começar agora mesmo?