Hoje, 21/03, é Dia Internacional da Síndrome de Down (SD), uma data criada no ano de 2011 pela ONU com o objetivo de ampliar o conhecimento e a consciência da população sobre o assunto. Neste ano, que marca a 12ª edição da data a campanha é #MyVoiceMyCommunity – que estimula a dar voz às pessoas com Síndrome de Down – para que elas não apenas falem, mas também sejam ouvidas e influenciem as políticas e ações governamentais, e, assim, sejam inseridas na comunidade em que vivem.
Mas o que é a síndrome de Down? Quem esclarece o assunto é a pediatra Natália Almeida Prado, coordenadora do Núcleo de Pediatria do Instituto Dr. Barakat. Em uma explicação teórico-científica, ela esclarece que trata-se da desordem congênita mais comum entre crianças. Cada célula do corpo humano contém 23 pares de cromossomos, sendo metade do pai e metade da mãe. A SD ocorre quando um indivíduo tem uma cópia extra (total ou parcial) do cromossomo 21. Estima-se que uma em cada 800 crianças nasça com a SD.
Quando falamos neste assunto é preciso em primeiro lugar lançar fora qualquer tipo de preconceito que ainda se tenha. Uma pessoa com Down, embora possa apresentar algum déficit cognitivo (que pode variar de leve a moderado) tem potencial de praticar atividades como trabalhar, fazer exercícios, estudar, namorar, casar, ter filhos. Tudo dependerá da forma com que ela é estimulada, sobretudo, na infância, pelos pais e/ou responsáveis. Uma intervenção precoce, com uma equipe multiprofissional é fundamental, com pediatra, nutricionista, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional entre outros. O acompanhamento dos pais merece atenção, para que sejam capacitados a interagir com seu bebê e desenvolve-lo da melhor forma possível e, assim, alcancem na vida adulta independência e qualidade de vida.
Considero a campanha que objetiva dar voz às pessoas com Down de grande valia. Estas pessoas, como qualquer um de nós, merecem ser ouvidas em seus anseios, angústias e perspectivas para que possam aproveitar ao máximo do convívio social de que podemos dispor e, assim, estimular seu potencial enquanto indivíduos.