Alimentação infantil: da amamentação às papinhas
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Afinal, como estimular as crianças a comer bem?

Leia mais.

11.10_comer bemA introdução de novos alimentos na dieta da criança, começa ainda na fase “bebê” – após os seis meses de idade, quando a comida passa a compor a base alimentar, até então constituída apenas do leite materno (por ser o mais completo da natureza para a primeira fase de vida do bebê). Veja mais em  “Alimentação infantil: da amamentação às papinhas“.

Dali para a frente, os pais devem continuar apresentando novos alimentos e incluindo coisas diferentes a cada refeição para que não ocorra rejeição! Tudo depende de como fazemos isso. É necessário entender que depois que a criança já está mais crescida, os estímulos e exemplos dos pais são cruciais para que a alimentação seja saudável.

Quanto mais o seu filho fizer parte da produção das refeições (e isso depois do período 1 a 4 anos de idade, claro), mais fácil ele irá aceitar qualquer alimento. Incluí-lo na cozinha é ótimo porque, além de conhecer o que ele irá comer e se envolver com a comida, rejeições antigas podem se dissolver! Preparar aquilo que ele nem experimentou, mas odeia, de forma diferente, pode ser uma alternativa muito eficaz para que ele passe a comer melhor.

Seja a idade que for, uma coisa é certa: a quantidade de comida que ele irá comer depende do quanto ele quer. Não adianta empanturrar o prato de comida, se ele não consegue acabá-lo. Dividir em porções pode ser uma boa, pois assim não há exageros! Ter horários fixos para as refeições também é de extrema importância, e se estivermos falando de bebês, criar uma rotina que se adapte aos horários de sono é um meio eficaz de não cometer erros, como oferecer alimentos antes dele ir dormir. Com horários fixos, a mãe pode oferecer lanches nutritivos e saudáveis entre as refeições, para que a criança não fique irritada de fome! Mas é importante destacar que bolachas, biscoitos e doces em geral não são bem vindos. Prefira lanches naturais e frutas!

Se você oferecer sobremesas para a aceitação de alguns alimentos, tome cuidado com a frequência na qual faz isso. Pois em teses, isso dá maior valor ao doce, o que causa um problema no futuro! Dê preferências à doces caseiros, de frutas e que a criança possa participar do processo de produção, não exagerando no consumo de balas, chocolates e etc. É importante respeitar as preferências da criança nessa idade, mas não faça comidas especiais só para ele! Lembre-se que se você acostumá-los nessa idade, mais tarde fica realmente muito difícil de destruir esses hábitos.

Habitue-o a comer em família, experimentar alimentos variados e não ter tantas manias na hora de comer, pois são costumes que não se dissipam tão fácil no futuro! Se eles ainda são bebês, a fase de introduzir copos ao invés da mamadeira também é importante. A mamadeira faz com que a criança demore mais para beber, e aumenta a exposição dos dentes aos açúcares das bebidas, o que pode causar cárie e corrosão do esmalte dos dentes. Aos poucos, apresente o copo comum ou com tampa para a criança e explique que agora ela está crescendo e por isso merece outro tipo de ferramenta para beber! Incentivos como esse costumam funcionar, mas é essencial entender que quanto mais a criança estabelece as regras de alimentação, menos os pais conseguirão fazer uma reeducação alimentar eficaz. Entendeu a importância de fazê-los participar do processo de produção dos alimentos?! Seja doce ou salgado, tente incluí-los e verá como não se torna muito mais fácil alimentá-lo! E não esqueçam, nessa fase, dê preferência para água de coco ou água quando eles estiverem com sede e fujam o quanto puderem de sucos industrializados e os temidos refrigerantes!!!

Realmente, todos os pais conhecem a dificuldade de fazer com que as crianças tenham uma alimentação nutritiva – a oferta de alimentos não saudáveis é muito maior e mais atrativa. As propagandas de lanches, bolachas e salgadinhos é mais bonita e animada que a de uma verdura, tornando a concorrência desleal. Mas, com estratégias é possível sensibilizar as crianças de que comida saudável também pode ser divertida.

Em primeiro lugar – pode parecer óbvio, mas cabe frisar -, os pais devem dar o exemplo, e mostrar aos filhos como gostam de comer saladas. Monte pratos coloridos, tornando-os atrativos visualmente – deixe também a criança colorir seu prato, isso traz um elemento lúdico que a fará associar diversão à comida. Cuide para que o momento das refeições seja calmo e agradável. Em vez de dar dinheiro para seu filho lanchar na escola e fazer más escolhas, faça você mesmo o lanche, um lanche saudável.

Citarei agora alguns alimentos extremamente ricos que as crianças devem consumir e que fazem toda a diferença em suas refeições. 

A maçã contém catequinas, substâncias antioxidantes associadas à boa saúde pulmonar; rica em vitaminas A, C, E e cálcio, a couve é importante para a formação dos ossos; a abóbora tem ferro e zinco e está relacionada à formação adequada de glóbulos vermelhos no organismo; o feijão evita anemia e pode ser combinado com alimentos que contenham vitamina C (para melhor absorção do mineral); a laranja colabora para o funcionamento das defesas do organismo e é rica em vitamina C; a cenoura possui altos índices de betacaroteno, que ajuda a proteger a visão; a carne vermelha é fonte de proteínas e ferro, e combate a anemia, devendo ser consumida três vezes por semana; a água de coco tem alto poder hidratante e contribui para o bom funcionamento do sistema digestivo; o abacaxi auxilia na digestão e no funcionamento do sistema imunológico e é rico em vitamina C e magnésio.

Lembro ainda que uma alimentação saudável pode e deve ser aliada a atividades físicas: faça exercícios com seu filho, leve-o ao parque, caminhem, pedalem, soltem pipa. Tenha sempre em mente que um estilo de vida saudável na infância tem tudo pra criar um adulto saudável.

Nutrientes

Os nutrientes ingeridos na infância são de total importância para o desenvolvimento dos pequenos, porém, a decisão do cardápio está nas mãos dos pais.  A infância é um período de desenvolvimento psicológico, físico e cognitivo. Portanto, uma alimentação completa nessa fase possibilita não só crescimento saudável, mas também previne o aparecimento de doenças crônicas na vida adulta, como diabetes, problemas cardíacos e pressão alta. É claro que todos os nutrientes são essenciais para o crescimento saudável da criança, mas alguns pedem uma atenção especial. Acredito ser relevante saber quais são esses nutrientes essenciais, em prol de um crescimento sadio.

Confira:

Vitamina A: ajuda a fortalecer a resistência do organismo contra infecções. Além disso, mantém pele, cabelos e unhas saudáveis.

Vitamina C: regula o intestino, melhorando a defesa do corpo e absorção do ferro. Também auxilia a cicatrização de feridas – é essencial para aquela criança que sempre se machuca na hora da brincadeira.

Carboidratos: principal fonte de energia para o corpo. São essenciais no processo de crescimento da criança.

Proteínas: fortalecem os músculos e articulações.

Cálcio: como fortalece ossos e dentes, é fundamental para que seu filho tenha um bom crescimento e dentes sadios.

Ferro: importante na prevenção da anemia.

Zinco: fortalece o sistema imunológico.

Você pode notar se o seu filho está com alguma deficiência de nutrientes. Alteração no sono (falta ou excesso), falta de apetite, irritabilidade e cansaço em excesso são os principais sinais.

O hábito da boa alimentação começa em casa. Invista na saúde do seu filho!